Durante paralisação da PC, Casa de Custódia registra superlotação com 80 presos

João Urtiga/Alagoas 24 HorasPoliciais civis realizam ato público em frente à Central de Flagrantes

Policiais civis realizam ato público em frente à Central de Flagrantes

Durante a paralisação de 24 horas das atividades, a Polícia Civil registra, na manhã desta terça-feira (25), mais outro caso de superlotação da Casa de Custódia, no Jacintinho.

Com 80 presos, a quantidade está acima da capacidade estipulada pela Justiça que é de 40 detentos. Segundo um dos agentes da unidade, que preferiu a discrição, a situação na localidade é insuportável e os policiais só exigem o cumprimento de um acordo firmado entre a Justiça e a Secretaria de Estado da Segurança ainda no dia 15 de junho, de modo a não mais acontecer situações desse tipo.

“Temos aqui uma cópia do processo que foi publicado no site do TJ [Tribunal de Justiça de Alagoas] e que no documento consta a assinatura do secretário Lima Júnior [de Segurança Pública], Procuradoria do Estado, Ressocialização e Defensoria Pública”, critica o policial.

Paralisação

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A situação se agrava mais ainda pois na manhã de hoje a categoria se mobiliza em paralisação por 24 horas das atividades. Com isso, as delegacias na capital e no interior, tanto as distritais quanto as centrais e especializadas, não realizam nenhum tipo de flagrante.

“O governo disse estar aberto para conversar com a classe, mas estamos nessa ‘negociação’ há vários meses sem resolver nada. Inicialmente pedimos um piso de R$ 8,500 e eles não aceitaram, ainda em agosto. De lá para cá sugerimos um valor em torno de R$ 5,500 para serem pago em duas vezes, 2016 e 2017, sem abrir mão do IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] , mas até o momento o governo não apresentou nenhuma contraproposta”, diz Josimar Melo, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol).

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De setembro para outubro, ainda de acordo com o presidente, o governo teria silenciado qualquer tipo negociação com a classe. E o que antes havia um canal de diálogo se tornou um entrave para os policiais. “Com isso estamos agendando um ato a ser realizado em frente a Oplit [Operação Policial Litorânea Integrada], na Ponta Verde, na próxima quinta-feira [27], onde vamos fazer o enterro simbólico da segurança”, complementa Josimar Melo.

Em resposta, o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Christian Teixeira, disse que o governo busca discutir alternativas de trazer mais avanços para a categoria, mantendo o diálogo e a transparência nas negociações.

“Mesmo em meio a uma crise financeira no Estado e em todo o País, o Governo de Alagoas se destaca e propõe sugestões aos policiais civis, assim como luta para trazer mais conquistas às demais categorias”, frisa Christian Teixeira.

Ainda segundo a assessoria do órgão, no mês de setembro, durante a Mesa de Negociação Permanente do Governo, a Seplag apresentou propostas para o reajuste do piso salarial dos policiais civis que, infelizmente, foi rejeitada pela categoria.

“A valorização do servidor público tem sido prioridade na gestão Renan Filho. Toda a equipe do Estado tem demonstrado boa vontade em construir propostas de forma pacífica, acessível e responsável”,,complementa o gestor.

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