A Guarda Civil Municipal de Teotônio Vilela, apreendeu na noite da sexta-feira (13), um menor de 16 anos suspeito em pelo menos quatro crimes de homicídio na cidade.
Conhecido como ‘terror do parque do futuro’, o menor, acompanhado de outros dois homens, foi encaminhado a 6ª Delegacia Regional de São Miguel dos Campos, onde confessou um das mortes atribuídas a ele.
Apesar de negar os crimes, indícios e informações levantadas pelo serviço de inteligência da GM, apontam o adolescente como o autor dos disparos que matou um jovem identificado por ‘Keni’, em 8 de dezembro.
A morte, segundo informações da Guarda, seria resultado desuspeitas do autor contra a vítima, de quem ele desconfiava ser ‘X9’, título atribuído, no mundo do crime, a pessoas que delatam os comparsas (dedo duro).
A morte de um jovem identificado como Jackson Darlan dos Santos Silva, de 20 anos, a poucas horas da virada do ano (dia 31), também é atribuída ao adolescente. Ele teria executado a vítima com vários tiros, todos na cabeça.
Duas mortes registradas neste mês de janeiro, tem como principal suspeito o menor. A execução sumaria de um homem em via pública e o crime que ele confessou, inclusive ao ser apreendido nesta sexta, estava usando a mesma roupa do dia do crime, a farda de uma usina da região.
Ainda segundo a Guarda, o menor é ‘matador do tráfico’ e tem envolvimento em outros crimes, assaltos, roubos e tráfico de drogas, “em outras duas mortes ele teve participação direta, segundo os próprios comparsas”, esclarece um dos agentes de segurança, se referindo a crime que estão sendo investigados.
Ao ser ouvido pelo delegado Alexandre Cesar, plantonista na 6ª DRP, o menor descartou o envolvimento dos dois homens presos com ele nas mortes, e atribuiu a participação no crime que confessou, a uma pessoa que mora em Maceió, mas não revelou nome.
Contra o trio ainda pesa outras denúncias, “em duas ocasiões, no Sitio Gerais e Alto do Garote, zona rural da cidade, três elementos tentaram assaltar moradores e atiraram contra as vítimas. Elas teriam se negado a entregar aparelhos celulares”, esclareceu um dos guardas que participou das prisões.
O menor, apesar de confessar o crime, foi liberado após os procedimentos. Ele deixou a delegacia acompanhado da mãe, conforme determina a Lei brasileira. Os demais envolvidos também foram ouvidos e liberados, já que não houve flagrante.
