Crianças voltam a ouvir após o implante coclear; pais devem checar se maternidade faz teste da orelhinha

image002O otorrinolaringologista Daniel Buarque, um dos pioneiros em Alagoas no implante coclear (ou ouvido biônico, como preferem alguns) destaca o nível de excelência desta técnica no estado ao comemorar mais de 40 pacientes operados nos últimos seis anos, desde que foi realizado o primeiro procedimento na Santa Casa de Maceió. Por enquanto, apenas operadoras de planos de saúde cobrem o procedimento no hospital.
Mas, além de comemorar a expansão deste procedimento no estado, Daniel Buarque faz um alerta para que pais ou responsáveis estejam atentos quanto aos sinais de surdez em crianças e para que as maternidades realizem o teste da orelhinha em todos recém-nascidos.
“Quanto mais cedo for o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores são os resultados”, diz Buarque, lembrando que entre 60% e 70% dos pacientes operados na Santa Casa de Maceió são crianças. Realizado corriqueiramente nas maternidades Santa Casa Farol (convênios e particulares) e Hospital Nossa Senhora da Guia (SUS), o teste da orelhinha é o instrumento utilizado para identificar problemas auditivos em recém-nascidos.
No momento, a cirurgia para implante coclear é realizada após o primeiro ano de vida, sendo preferível até dois de idade. “O implante coclear não apresenta bons resultados na maioria dos adultos com surdez pré-lingual, ou seja, aqueles surdos de nascença que não desenvolveram a linguagem na infância”, frisa o otorrinolaringologista, daí a importância do diagnóstico e do tratamento precoce.
Mas, o que é o implante coclear? É um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, substituindo a cóclea e permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, a fim de ser decodificado pelo córtex cerebral.
“Enquanto o implante substitui totalmente as funções da cóclea, o aparelho auditivo amplifica os sons para que a própria cóclea retransmita o sinal para o nervo auditivo”, diferenciou Buarque.
A literatura médica revela que 0,3% da população nasce com algum grau de surdez. O Brasil deveria realizar 6 mil implantes/ano mas registra apenas 1.000 implantes/ano.

Fonte: Ascom Santa Casa

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