Antonio Mariz diz que recusou convite de Temer para integrar governo

Segundo blog, presidente gostaria de contar com advogado no cargo de assessor especial da Presidência; procurado pelo G1, Planalto não quis comentar o assunto.

Nelson Jr./SCO/STFO advogado Antonio Cláudio Mariz, durante sessão do STF em agosto de 2011

O advogado Antonio Cláudio Mariz, durante sessão do STF em agosto de 2011

O advogado Antonio Cláudio Mariz divulgou uma nota nesta segunda-feira (6) no Facebook na qual afirmou ter recusado o convite do presidente Michel Temer para ocupar um cargo no governo.

Segundo a colunista Andréia Sadi, Temer gostaria que Mariz fosse assessor especial da Presidência, com cargo no Palácio do Planalto, e atuasse na questão penitenciária.

“Sinto-me honrado pelo convite do presidente Michel Temer para fazer parte de seu governo. No entanto, a sua aceitação traria intransponíveis dificuldades para o meu exercício profissional e consequentemente para o escritório. Por tal razão, declino de honrado convite”, publicou o advogado na rede social.

Procurada, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou que não comentará o assunto.

No ano passado, Mariz chegou a ser cotado para o Ministério da Justiça, mas, à época, Temer convidou o então secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes.

No mês passado, Temer indicou Alexandre de Moraes para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF) e Mariz voltou a ser cotado para o Ministério da Justiça, mas o presidente convidou para o cargo o ex-presidente do STF Carlos Velloso, que recusou. Temer, então, chamou o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que aceitou comandar a pasta.

Ainda em maio de 2016, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), então ministro do Planejamento e um dos principais aliados do presidente, deixou o cargo após revelação de conversa em que ele sugeria um “pacto” para barrar a Operação Lava Jato. Jucá é atualmente o líder do governo no Senado.

Também no ano passado, em novembro, o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), outro conselheiro de Temer, pediu demissão após se envolver em uma polêmica com Marcelo Calero, que havia deixado o Ministério da Cultura.

Um mês depois, o então assessor especial de Temer José Yunes pediu demissão após ser mencionado no acordo de delação premiada de um ex-dirigente da Odebrecht. Advogado, Yunes trabalhava diretamente com o presidente, de quem se disse amigo há mais de 50 anos.

Atualmente, Temer também está diante da situação em que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, um dos principais conselheiros do presidente e um dos responsáveis pela articulação política, foi submetido a uma cirurgia, está de atestado e só deve retornar ao trabalho na próxima semana, segundo a assessoria.

Íntegra

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada por Antonio Cláudio Mariz:

Nota de esclarecimento.

“Sinto-me honrado pelo convite do presidente Michel Temer para fazer parte de seu governo. No entanto, a sua aceitação traria intransponíveis dificuldades para o meu exercício profissional e consequentemente para o escritório. Por tal razão, declino de honrado convite.”

Antonio Cláudio Mariz de Oliveira

Fonte: G1

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