Audiência debate modelo inclusivo para crianças e adolescentes

Com orientação do Unicef, capital alagoana busca definir novas diretrizes para a redução das desigualdades intra-urbanas

Câmara Municipal de Maceiócamara municipal de macei

O novo ciclo da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) será tema, nesta quarta-feira (15), de audiência pública na Câmara Municipal de Maceió, a partir das 9 h da manhã. O objetivo do debate, proposto pela vereadora Tereza Nelma (PSDB), e aprovado por unanimidade pelo Plenário da Casa, é traçar planos de ações, além das que já vêm sendo definidas pelo Poder Público municipal e estreitar a relação com as entidades da sociedade civil e a própria Câmara, como representante direta do povo, na busca de um modelo de desenvolvimento inclusivo, que reduza as desigualdades que afetam a vida das crianças e adolescentes.

“Queremos trazer novos atores, novos parceiros, para fortalecer essa rede de combate às desigualdades sociais que tem à frente o Unicef”, informa Juliana Vergetti, coordenadora da Plataforma em Maceió.

Segundo ela, a capital alagoana está entre as oito no País que integram a Plataforma, em parceria com o Unicef, a Prefeitura e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. O primeiro ciclo da PCU na capital foi iniciado em novembro de 2013, quando o Executivo e o CMDA assinaram um termo com o Unicef se comprometendo em desenvolver uma série de ações em territórios prioritários no sentido de reduzir as desigualdades intra-urbanas.

“Fizemos análise dos oito territórios em que Maceió está dividida e identificamos cinco que se enquadram nos dez indicadores propostos pelo Unicef como prioritários, que precisam de um olhar diferenciado não só do Poder Público, mas de todos nós que fazemos parte dessa rede de combate às desigualdades que atingem as crianças e adolescentes”, ressalta Juliana Vergetti, ao dizer que uma das iniciativas foi realizar um levantamento para detectar os potenciais existentes nesses territórios, focando o trabalho em indicadores como a violência e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”.

Em 2016, o primeiro ciclo da Plataforma foi encerrado. Para o próximo ciclo, que vai de 2017 a 2020, um novo termo será assinado entre município e Unicef. Na audiência desta quarta, segundo Juliana Vergetti, “serão apresentadas as novas diretrizes, o que deu certo no primeiro ciclo e o que precisa ajustar. Daí, a importância da participação popular e do Poder Legislativo municipal”, ela diz.

PROTAGONISMO – De acordo ainda com a coordenadora do programa em Maceió, o trabalho envolve também uma rede de mais de cem adolescentes nas comunidades. “Nosso objetivo é possibilitar o protagonismo dos adolescentes, fazendo com que participem das ações em suas comunidades. Para isso, temos uma parceria com a organização da sociedade civil Centro Educacional São Bartolomeu, que faz a capacitação e mobilização dessa rede, monitora e aponta os problemas para buscar as soluções”, observa Juliana Vergetti.

Em Maceió, afirma a coordenadora, integram a Plataforma as regiões 2, que vai do bairro do Prado ao Pontal; 4, de Bom Parto a Fernão Velho; 6, Benedito Bentes; 7, bairro do Tabuleiro e região 8, de Ipioca a Cruz das Almas.

Segundo o Unicef, “os direitos à saúde, à educação, à proteção, ao esporte e à participação são monitorados por meio de dez indicadores. A redução das desigualdades urbanas que afetam a vida das crianças e dos adolescentes será medida por meio desses indicadores desagregados por territórios intra-urbanos”.

Fonte: Ascom Câmara

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