Centrais sindicais rebatem reportagem da Folha de São Paulo

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Pelo menos três entidades sindicais se pronunciaram publicamente após matéria publicada pelo Jornal Folha de São Paulo que na edição deste sábado (25), afirma em seu texto que “por mais verba, centrais podem apoiar Temer em reformas”, em referência e Reforma da Previdência. A primeira entidade a se manifestar publicamente foi a Central dos Sindicatos Brasileiros que em nota “refuta veementemente a matéria  publicada pelo Jornal Folha de São Paulo”.

Logo depois, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, se pronunciou sobre as negociações que envolvem o governo Temer e entidades sindicais admitindo que as Centrais Sindicais estão em “processo de negociação com o governo”, mas negando que hajaconchavo de troca, ou mesmo barganha, entre os temas em debate.”

Em seguida, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos negou que haja “qualquer tipo de negociação como o governo federal para para favorecer reformas da previdência e trabalhista”, dizendo que “não há acordo com o governo de toma lá dá cá.”

Leia na íntegra nota da Central dos Sindicatos Brasileiros

Nota pública sobre reportagem da Folha de S. Paulo (Edição 25/03/17)

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) refuta veementemente a matéria publicada pelo Jornal “Folha de S. Paulo”, edição deste sábado (25/03), de que “por mais verba, centrais podem apoiar Temer em reformas”.

A CSB jamais participou, ou participará, de reuniões com o governo federal para ceder ou aceitar corte dos direitos previdenciários, trabalhistas e sociais. É público e notório que a CSB tem empreendido uma intensa e aguerrida oposição às reformas em tramitação no Congresso Nacional.

Além disso, o conteúdo da matéria revela que os ataques efetuados pelo judiciário e que os projetos apresentados no parlamento para acabar com as contribuições sindicais visam, exclusivamente, o enfraquecimento dos sindicatos e centrais sindicais para desmontar a resistência dos trabalhadores, permitindo a supressão dos direitos através da reforma da previdência, trabalhista, sindical e da terceirização.

Estes fatos reforçam a importância de defendermos o principal instrumento de luta dos trabalhadores, o sindicato. Reforçam a necessidade das contribuições sindicais para a independência dos trabalhadores, para a defesa dos seus interesses, dos seus direitos e da ampliação da renda através da geração de empregos e aumentos salariais.

Tais ilações, certamente, estimulam ainda mais a CSB e seus sindicatos a ampliar a luta contra a reforma da previdência, em defesa da estrutura sindical brasileira, e por uma verdadeira mudança no sistema previdenciário que acabe com os privilégios, pensões aviltantes de magistrados e políticos, com os sonegadores e com as isenções para grandes conglomerados econômicos.

Leia na íntegra nota da Força Sindical

Nota de esclarecimento das centrais sindicais
Diante da divulgação, em alguns meios de comunicação, sobre as reformas da previdência e trabalhista e as negociações envolvendo o governo e as centrais sindicais Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), queremos esclarecer que:1 – As centrais sindicais estão em processo de negociação com o governo e o Congresso Nacional em diversos temas como: mudanças no texto da reforma da previdência, contra a reforma trabalhista, o projeto de terceirização no Senado, o projeto sobre financiamento sindical, de autoria do deputado federal Bebeto (PSB), entre outros;

2 – É importante ressaltar que o projeto de financiamento sindical, que está sendo debatido na Câmara dos Deputados, é muito importante para fortalecer as entidades sindicais na luta pelos interesses da classe trabalhadora. Este projeto é uma demanda do movimento sindical, visando sua manutenção e modernização. Neste ponto vale ressaltar que está previsto, na reforma trabalhista, o aumento do papel dos sindicatos nas negociações coletivas.

3 – Reafirmamos nosso posicionamento de lutar por mais direitos e de negociar mudanças nas propostas das reformas citadas acima de modo a gerar benefícios, ou mesmo, diminuição do impacto negativo das medidas propostas pelo governo sobre os trabalhadores.

4 – As seis centrais sindicais irão se reunir na próxima segunda-feira, em São Paulo, para definir as estratégias de lutas, como procurar os parlamentares para esclarecimento sobre nosso posicionamento, datas de atos, greves e paralisações e uma Marcha em Brasília.

5 – Esclarecemos que são frentes de lutas de diferentes temas e reafirmamos que não há nenhum conchavo de troca, ou mesmo barganha, entre os temas em debate.

Leia na íntegra nota da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Nota à imprensa

Sobre a reportagem da Folha de S. Paulo “Por volta de contribuição, centrais oferecem oposição  menor a reforma”, Miguel Torres, presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), ressalta que de maneira nenhuma apoia qualquer tipo de negociação com o governo federal para favorecer reformas da Previdência e trabalhista em troca da retomada da cobrança da contribuição assistencial.

“Existe a iniciativa do projeto de lei que regulamente a contribuição. Mas não há acordo com o governo de toma lá dá cá. É o tipo de barganha que não aceitamos. Continuaremos lutando pela garantia dos direitos dos trabalhadores e dos aposentados” afirma Torres, destacando que a Confederação não admitirá nenhum direito a menos.

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