Doria quer ocupar pensões abandonadas da Cracolândia e revitalizar área até 2019

Prefeito diz que vai utilizar manobra jurídica para tomar posse dos imóveis em caráter emergencial, sem dar detalhes.

Reprodução / TV GloboCracolândia Usuários de drogas saíram da rua de costume, mas ainda se concentram na região

Cracolândia Usuários de drogas saíram da rua de costume, mas ainda se concentram na região

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu ocupar as pensões, hotéis e demais imóveis abandonados da região da Cracolândia e revitalizar a área até o fim de 2019. Doria afirmou nesta segunda-feira (22) que vai utilizar uma manobra jurídica para tomar posse dos imóveis em caratér de emergência e cumprir o prazo.

“Diante de certas circunstâncias, o estado pode ocupar essas áreas, utilizá-las quase que em uma desapropriação imediata, emergencial, e depois discute-se no plano negocial ou judicial o ressarcimento aos proprietários. Isso permite uma ação mais rápida e mais efetiva”, disse Doria, sem explicar os detalhes jurídicos dessa manobra.

O tucano também voltou a garantir nesta segunda que a Cracolândia acabou fisicamente. Segundo ele, a região agora deve ser chamada de Nova Luz e vai passar por um processo de renovação urbanística para ganhar novos ares. “Essa parte de urbanização começa agora. Já começou ontem e vai estabelecer a demolição dessas pensões e hotéis, a reintegração dessas áreas para a cidade”, afirmou.

A urbanização prometida por Doria prevê a construção de habitações populares, em uma expansão dos programas Casa Paulista e Casa da Família, e a instalação de novos equipamentos públicos no bairro. De acordo com ele, o projeto será levado adiante em modelo de Parceria Público-Privada “para ir mais rápido, agilizar o processo”.

“Parte dessa modulagem vai exigir que essa empresa construa um CEU [Centro Educacional Unificado], uma UBS [Unidade Básica de Saúde], uma creche, e além disso, o Governo do Estado vai transferir para um desses terrenos o Hospital Pérola Byington, que hoje funciona ali na Brigadeiro Luís Antônio”, explicou o prefeito. “Se tiver espaço para algum outro serviço público complementar fisicamente ele será colocado ali também”, acrescentou.

Segundo Doria, a parceria com a iniciativa privada no projeto vai reduzir os custos da Prefeitura com as construções. “A maior parte do investimento será feito pelo setor privado. A contrapartida do estado é o terreno, enquanto o setor privado ergue fisicamente os projetos, exatamente como está sendo feito hoje na área habitacional”, concluiu.

O secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, afirmou: “Nós estamos fazendo uma solicitação para bem público. Quase um tipo de desapropriação, mas é uma coisa mais emergencial por necessidade pública da região. Ainda não temos estimativa de valor. Primeiro é feita a desapropriação e depois se discute os valores. Não é uma coisa imposta, é uma determinação depois judicial, mas não impede a nossa ocupação. Nós ocupamos e depois posteriormente discutimos o valor que será ressarcido aos proprietários”.

Fonte: G1

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