Residência é atingida durante deslizamento de barreira em Guaxuma

No ano passado o proprietário da residência morreu em situação semelhante

Valtênea Araújo / ColaboraçãoA rua ficou parcialmente interditada com o barro que caiu da encosta

A rua ficou parcialmente interditada com o barro que caiu da encosta

Uma tragédia anunciada. Uma barreira deslizou na tarde desta quarta-feira, 24, e atingiu uma residência, na Rua Boa Vista, no conjunto Elias Pontes, no bairro de Guaxuma. A residência em questão é a mesma que ficou parcialmente destruída, em abril do ano passado e cujo proprietário, José Carlos Lima da Silva, 44 anos, morreu soterrado.

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A viúva de José Carlos, Janaína Vieira dos Santos, 39 anos, conta que voltou a morar na casa cerca de oito meses após a morte do marido porque estava vivendo com os filhos na casa de parentes e não tinha mais para onde ir. Ainda segundo a diarista, a Defesa Civil não retornou ao local após o incidente e não emitiu o laudo sobre a situação.

Com a ajuda de amigos ela conseguiu reconstruir a casa, onde vive com outras oito pessoas. No momento em que ocorreu o deslizamento da barreira, Janaína estava em casa com alguns filhos e a nora gestante. “Ninguém dorme quando chove aqui. Mas a gente não tem condições de ir pra outro lugar. Só peço a Deus que outra tragédia não aconteça”, disse e completou: “os vizinhos já tentaram entrar em contato com a Defesa Civil, mas o telefone só chama”, contou em tom de revolta.

Os vizinhos de Janaína estavam revoltados com a situação e ao mesmo tempo temerosos que ocorra nova tragédia. É o caso de Rosicleide, que morava em frente à casa de Janaína e que mudou de endereço por medo. “É um absurdo isso ficar assim. Desde o ano passado quando o marido dela morreu não teve um que apareceu por aqui para ajudar. Ficam esperando mais um morrer para aparecer”.

Janaína fez questão de mostrar a situação da casa por dentro. As paredes dos quartos têm infiltração e a água entra por um quartinho nos fundos molhando parte da casa. Enquanto ela mostrava a casa para reportagem do Alagoas24Horas, vizinhos e amigos aconselhavam a família a deixar o imóvel,  pelo menos durante os dias em que a chuva persistir. “Eu vou fazer isso mesmo. Fecho tudo aqui, vai cada um pra um canto, onde der, depois a gente volta pra ver o que ainda tem. Pego só o mais importante e pelo menos saímos com vida”, falou a mulher emocionada.

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