Vítimas da violência no trânsito recebem assistência psicológica no HGE

Ascom/HGEPacientes recebem assistência psicológica

Pacientes recebem assistência psicológica

Quando se fala em acidente de trânsito, logo aparecem os medos dos traumas físicos e morte. O que nem sempre são lembrados pelos condutores, passageiros e pedestres são os efeitos dolorosos dos traumas psicológicos após o acidente. Susto, taquicardia, hipervigilância, sudorese, pânico, irritabilidade e fuga são alguns dos sintomas do estresse pós-traumático.

O Hospital Geral do Estado (HGE) também está preparado para assistir os traumas psicológicos decorrentes dos acidentes de trânsito. A psicóloga Paula Quitéria explica que o acordar, em um lugar estranho, cercado por desconhecidos e, muitas vezes, em uma situação desconfortável, é um choque de realidade.

“Reviver o acidente e sonhar com o acontecimento são ações comuns. O problema todo começa quando isso se torna frequente, quando o paciente se isola e as atividades de antes deixam de ser praticadas”, alerta a psicóloga.

A artesã Maria Lúcia dos Santos, de 43 anos, foi vítima de um condutor irregular, na zona rural de Atalaia (AL), quando saia para levar o companheiro ao médico. “Estávamos de carona no banco traseiro de um carro, quando outro de repente bateu em nós. Foi uma violência tão grande que o motorista do veículo que causou o acidente morreu na hora. Eu não lembro de muita coisa, porque apaguei, já acordei aqui no HGE”, disse.

Maria é mãe de três filhos. Ela sofreu fratura de fêmur direito e esquerdo, quadril e perdeu alguns dentes. Apesar de ainda não ter saído do hospital, desde o último dia 03 de junho, ela comentou que está muito assustada e acha que não caminhará na rua com a mesma tranquilidade de antes.

“Agora qualquer carro que se aproximar vai ser um susto. Atravessar a rua será quase um ritual, cheio de detalhes a se considerar. Sei que nada disso me livraria de um novo acidente, mas também sei que precisarei enfrentar esses medos para continuar minha vida”, confidenciou a artesã.

Segundo a psicóloga do HGE, escapar dos traumas psicológicos, também depende das experiências de vida do enfermo. “Por isso, a necessidade do acompanhamento de um psicólogo para também tratar os efeitos psicológicos do acidente”, justificou.

Fonte: Ascom/HGE

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