Ator Érico Brás ganha ação de dano moral após ser retirado de voo na Bahia: ‘Luta continua’

Caso ocorreu em março do ano passado, em Salvador.

DivulgaçãoÉrico Brás e esposa, Kenia Maria, estavam em avião em Salvador quando foram retirados, em março do ano passado

Érico Brás e esposa, Kenia Maria, estavam em avião em Salvador quando foram retirados, em março do ano passado

O ator Érico Brás ganhou uma ação de dano moral, no valor de R$ 35 mil, na Justiça, contra a empresa Avianca, após ter sido retirado de um voo em março do ano passado, em Salvador.
Segundo a esposa do ator, Kenia Maria, a decisão do 23ª Juizado Especial do Rio de Janeiro foi do dia 24 de novembro de 2016.
Por meio da rede social Instagram, Érico comemorou a decisão, na quarta-feira (28): “E a luta continua…”, postou.
A Avianca afirmou, em nota, que, no referido episódio, o “passageiro em questão se recusou a cumprir e atender às reiteradas solicitações de segurança feitas pelos comissários, no estrito cumprimento de suas funções”. “Por tal motivo, e como é procedimento para garantir a segurança do voo, a Policia Federal foi acionada”, diz o comunicado. A companhia não informou se recorreu da decisão judicial.
Caso
O ator Érico Brás foi retirado pela Polícia Federal após confusão em um voo da companhia aérea Avianca, no dia 31 de março, em Salvador, em um voo marcado para sair às 6h27 da capital baiana com destino ao Rio de Janeiro. Ele disse ter sido vítima de racismo.
Segundo o artista, o funcionário agiu com grosseria ao jogar a bagagem da esposa do ator, Kenia Maria, no compartimento de cima da aeronave, após ter dito que a mala não poderia ser levada embaixo da poltrona da frente do casal. O ator afirma ainda que o comandante chamou a Polícia Federal para a aeronave e foi obrigado a sair.

A assessoria da Avianca afirmou, à época, que mantém a sua prioridade na segurança de voo, em respeito a todos os seus passageiros. A companhia disse que, no caso de Érico, a Polícia Federal foi acionada porque um grupo de clientes teria se recusado a seguir as orientações dos comissários sobre a acomodação das bagagens.
“Ele [comandante] pegou com grosseria a bagagem. Ele estava bastante irritado. Ele jogou e empurrou a bagagem contra as outras no compartimento. Ela [esposa] disse: ‘Tem que ter cuidado para não quebrar’. Eu disse: ‘Você está sendo mal educado, não vou aceitar isso’. Ele chamou uma pessoa da Avianca e eu disse que não ia descer. Ele [comandante] chamou a PF, que disse que eu tinha que descer”, narra Érico. O ator ainda conta que o voo já estava atrasado cerca de 20 minutos quando ele e a mulher se acomodavam na aeronave.
O ator acredita que a reação do comandante, cuja cor da pele é branca, foi motivada por racismo. “O tratamento é típico de racismo. Pelo fato de eles acharem que podem tratar as pessoas [negras] assim”, disse Érico. Depois de sair do avião, o ator prestou queixa na Agência Nacional de Aviação (Anac) contra a companhia área.
“Fiz uma queixa de descaso do comandante e vou entrar com ação na justiça por racismo”, afirmou. Érico diz que outras oito pessoas que estavam no voo também desceram em solidariedade a ele, após a confusão, e também prestaram depoimento na Anac.
Segundo a Anac, a queixa registrada pelo ator será analisada pela área técnica responsável da agência, que verificará se houve descumprimento das normas da aviação civil. O ator relatou que, por conta da confusão em Salvador, se atrasou para uma gravação no Rio de Janeiro. Ele, a esposa e os demais passageiros envolvidos conseguiram remarcar o voo e embarcaram da capital baiana.

Fonte: G1

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