Parto prematuro emociona servidores
Um fato inusitado ocorreu no Pronto Atendimento (PA) do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) no plantão da noite do dia 25 de junho. Uma paciente, que procurou o hospital com sintomas decorrentes de uma patologia, entrou em trabalho de parto no momento em que aguardava internação. Os servidores do HEHA, acostumados com outros tipos de procedimentos hospitalares se depararam com a necessidade de realização de um parto prematuro.
Enquanto a paciente aguardava vaga para internação e realização de exames, a bolsa com líquido amniótico estourou, e enquanto parte da equipe socorria uma criança picada por escorpião, a outra teve que preparar todos os procedimentos para realizar um parto normal às pressas. As fortes dores abdominais que a paciente afirmava estar sentindo eram na realidade contrações.
Imediatamente foi vista a possibilidade de transferência para a Maternidade Sta. Mônica, mas devido a iminência do nascimento da criança, não daria tempo, uma transferência num momento daqueles só agregaria mais risco às vidas da mãe e do bebê.
A gestante, grávida de sete meses, entrou em trabalho de parto mobilizando a equipe plantonista de médicos e profissionais da Enfermagem. A paciente foi preparada, e em pouco tempo o bebê nasceu, uma menina. “Após muitos gritos e contrações, conseguimos encaixar a criança que já vinha ‘coroando’ logo que a bolsa estourou, então puxei a cabeça e ombros, o restante foi bem mais fácil, saiu quem nem um peixinho”, explicou orgulhosa, a técnica de enfermagem Elizabeth Omena.
A equipe do Pronto Atendimento do Hospital Helvio Auto, que diante da emergência dos casos, tem pouco tempo para agir e salvar uma vida, naquela noite salvou duas: mãe e bebê estavam bem. A criança foi limpa, agasalhada e recebeu oxigênio. Uma ambulância do SAMU foi solicitada para realizar a transferência de mãe e filha para a Maternidade Santa Mônica.
Elizabeth Omena, que com ajuda das colegas de trabalho, realizou o parto, agradeceu a toda equipe: “A equipe inteira foi perfeita naquela noite, as meninas que estavam comigo, a Elizabete Moraes, a Caroline, a dra. Alice, dra. Cristiane e dra. Patrícia, todas foram muito rápidas e resolutivas no momento do parto. Pedimos proteção a Deus e fizemos o que deveria ser feito, pois não havia tempo para realizar uma transferência”, concluiu Elizabeth.
A bebê e sua mãe foram transferidas para a Maternidade Santa Mônica e estão bem. A criança continua interna na unidade por ser prematura e precisar de incubadora.
