Coruripe: Justiça realiza primeira audiência do caso Jaciara Ferreira

Promotoria pede a condenação do acusado por homicídio triplamente qualificado

Arquivo pessoalAcusado

A audiência de instrução do caso Jaciara Ferreira ocorreu na manhã desta quarta-feira (12), em Coruripe. Essa é a primeira fase do processo judicial que termina com o plenário e que está previsto para ocorrer em 2018 – ainda sem data definida.

De acordo com o advogado do réu, Alberdan Ferreira, Lucas Bonfim, a conclusão da defesa é de que a morte foi acidental, ocorrida após a discussão entre vítima e acusado, quando os mesmos estavam dentro do carro de Alberdan. “Nossa tese é de homicídio culposo, quando não tem o dolo que é a intenção de matar, ocorrido após a discussão entre o Alberdan e Jaciara”, explica o advogado.

As investigações apontadas pelo delegado Gilherme Iusten, que presidiu o inquérito sobre a morte da comerciária, revelaram que Alberdan teria matado Jaciara após a vítima ter expressado o desejo de voltar a morar em Belo Horizonte com as filhas. Réu e vítima teriam se encontrado para discutir a situação quando, nesse momento, a jovem teria recebido um golpe no pescoço com algum objeto cortante. Novamente, segundo versão sustentada pela Polícia Civil, rachaduras no vidro do automóvel comprovam ainda uma intensa luta corporal.

O advogado contestou a tese na audiência. “Na realidade houve uma agressão recíproca, ele deu uma grava nela que descambou para a morte por asfixia. O laudo necroscópico é claro quanto a isso e mostra que a morte foi por objeto sufocante”, diz o advogado que afirma ainda que Alberdan, em “ato de desespero”, tentou forjar ainda um álibi ao cortar a jovem.

Até o momento, Alberdan se encontra preso no Cyridião Durval. Na época em que foi preso, no dia 6 de abril, o ex-companheiro de Jaciara chegou a ser colocado em uma cela separada na Casa de Custódia. O motivo era que os demais reeducandos estavam revoltados com a repercussão do caso e poderiam espancar o novo preso.

Arquivo pessoalJaciara2

Apesar do clima e da repercussão do caso, o advogado Lucas Bonfim lembra que o réu não possui antecedentes criminais e que isso pode ser crucial na sentença. “O Ministério Público pede condenação por homicídio triplamente qualificado, mas se a nossa defesa for êxitosa, Alberdan pode pegar de 2 a 4 anos por homicídio culposo…”, lembra.

A audiência foi presidida pelo juiz Mauro Baldini. A peça acusatória é feita pela promotora Ilza Paiva. A equipe de reportagem do Alagoas 24 horas tentou entrar em contato com a promotora, mas não obteve êxito.

 

 

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