Claudia Leitte: “A gente não tem obrigação de ser o que os outros querem”

os 37 anos, ela prova seu poder nas redes com uma campanha que deu o que falar, conta como a maturidade a deixou mais segura e como a fé e a família a fortalecem

QuemClaudia Leitte

Claudia Leitte

“Eles estão assistindo ao mês dos predadores”, diz Claudia Leitte, no início dessa entrevista, sobre os filhos, Davi e Rafael, de 8 e 4 anos, e a programação especial de animais na TV. Os meninos logo corrigem: “Não, mãe. Agora, já mudou para Meu Gato Endiabrado”, dizem sobre a atração do Animal Planet. Ela sorri, cheia de orgulho. “Esses meninos são minha vida. Honestamente, eles melhoraram tudo, em mim e à minha volta. Eu digo ‘eu te amo’ todos os dias para os dois. Não tem nenhum sentido viver sem eles, sem essa gritaria, sem que interrompam essa entrevista”, ri Claudia.

Mais linda do que nunca, o lado mãezona aparece até quando ela fala do que mais gosta em si mesma fisicamente: “Meus olhos, quando estou sorrindo. Consigo me ver nos olhos dos meus filhos quando eles estão sorrindo também”. A cantora completou 37 anos no último dia 10 com muito a comemorar. Ela está finalizando um “monte de músicas”. ”Ninguém fala mais em álbum, CD. Impressionante como a indústria mudou. A gente prepara músicas e vai sentindo quando elas têm que sair. Nos próximos dias, vou lançar uma em português, misturado com espanhol”, adianta.

Com mais de 12,5 milhões de seguidores no Instagram (mais do que Madonna por exemplo, que tem 9 milhões), na semana passada, ela se tornou um dos nomes mais comentados da rede quando publicou que deixaria de assinar Claudia Leitte, sendo apenas Claudia. O falatório foi enorme. No outro dia, revelou que era uma campanha de um suplemento alimentar que combate desconforto para quem tem intolerância à lactose. O fato provou a força da cantora. “Quando o pessoal de Perlatte me procurou, vi que a causa era positiva e eu não sabia dos problemas que as pessoas que passam por isso sofrem. Então, eu fiz e o resultado foi ótimo. Mas, sabe, eu também achei maravilhoso ver o quanto meus fãs me apoiam e como eles defendem minhas raízes. Eles diziam assim: ‘A gente apoia qualquer decisão que você tomar, mas não tira seu nome. É sua identidade, sua história’. Isso me deixou muito feliz.”

Felicidade, aliás, é uma constante na vida da estrela. “Eu sou uma pessoa alegre! Eu exalo alegria. Às vezes, estou com uma dor, alguma coisa chata está acontecendo. Mas, se subo no palco, sei que aquele é meu dia. É o que eu sei fazer. Muitos dizem: ‘É impossível que ela seja tão feliz’. Sou feliz! Vou ter que fingir uma tristeza? Problema, eu tenho, todo mundo tem. Mas, quando o problema aparece, vou resolver e vou seguir dando risada. Eu sou eu mesma e que se lasque! A gente não tem obrigação de ser o que os outros querem. Sou fiel ao que acredito. Somos todos diferentes e isso é importante no mundo.”

Na vida em família é onde Claudia recarrega energias e tira ensinamentos. Inclusive, no empoderamento feminino. Algo que, garante, vem das mulheres de sua vida. “Sou de uma família onde as mulheres são maioria. Elas assumiram tudo desde muito novas. Meu avô perdeu tudo, minha avó não só sustentou a família sozinha como ajudava outras pessoas. Minha mãe trabalhava em turnos, fazia muitas coisas ao mesmo tempo. E, muitas vezes, me levava para o trabalho dela. Eu cresci vendo essas mulheres fortes e eu nunca entendi esse preconceito contra nós. As mulheres precisam entender que são maravilhosas. Minha mãe, minha vó, eu, você, menina, que está lendo isso. Somos todas maravilhosas”.

QuemClaudia Leitte

Claudia Leitte

Claudia celebra, também, a maturidade que chega com os anos. “Quanto mais o tempo passa, mais segura eu fico”, conta ela, que celebra os 10 anos de casamento com o marido, Márcio Pedreira. “A gente é parceiro. Dividimos a vida. E ele é um gato, lindo. Quando penso em sexo, eu penso em Márcio. Nas minhas fantasias, Márcio é único. Márcio impera.”

Espiritual
Mulher de fé, o lado espiritual de Claudia a ajuda no dia a dia. “Eu sou uma mulher muito forte. Emocional e espiritualmente. Não sou religiosa, sou de fé. Meu orar é espontâneo. Eu falo: ‘Como o Senhor é maravilhoso! Tanta coisa linda que o Senhor criou’. Nenhum problema pode ser maior do que tudo o que Ele fez. Meu pensamento flui, penso no céu lindo, no dia maravilhoso. Digo: ‘Te amo Deus, você é muito fofinho. Sei que vou fazer um monte de cagada e errar, mas me ajuda a corrigir, a perdoar. A não ir até o final nas cagadas e me oriente. Seja dono do meu dia, dos meus filhos e de todas as pessoas que amo’”.

O respeito às diferenças é algo que norteia não só a vida de Claudia como a criação de seus meninos. “Eles são muito inquietos e questionadores. Eles vêm com uma avalanche de perguntas sobre a vida. Sou muito sincera. Mas respeito a diferença de idade dos dois. Por exemplo, Davi aprendeu a mostrar o dedo do meio e Rafa já estava pegando isso com ele. Então, converso, digo que isso não se faz e que é uma coisa que vai chatear as pessoas. Recentemente, o Davi veio me falar sobre um coleguinha que foi na escola vestido com ‘roupa de mulher’. Eu disse: ‘Que bom, Davi. Não tem essa de roupa de mulher. Cada um se veste como quiser, não é?’. E, desse modo, eles passam a olhar com naturalidade. Mesmo porque, quero que eles sintam-se à vontade em suas particularidades. Quero que permitam que as diferenças que eles têm, também apareçam naturalmente.”

Fonte: Quem

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