Adolescente esquartejada foi morta por briga entre facções criminosas

Um segundo caso teria sido cometido pelo mesmo grupo no mês de abril deste ano

Déborah Moraes/Alagoas 24 Horascoletiva pc

A Polícia Civil prendeu três pessoas envolvidas em dois casos de esquartejamento ocorridos nos meses de abril e junho deste ano, no bairro do Benedito Bentes, na parte alta de Maceió. O delegado responsável pelas investigações, Bruno Emílio, apresentou os detalhes dos casos em uma entrevista coletiva na tarde de hoje, 15.

De acordo com as investigações, os dois crimes foram motivados por rivalidade entre facções criminosas que atuam na região e aconteceram de modo semelhante. No primeiro caso, que vitimou Isac Araújo Tavares, de 18 anos, que seria faccionado, cerca de oito pessoas invadiram sua casa e o levaram junto com sua companheira, que posteriormente conseguiu fugir, para um terreno no conjunto e o mataram a golpes de arma branca, esquartejando seu corpo no final da ação.

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No caso mais recente, a adolescente de 14 anos, Yassemin Sara Pereira da Silva, estava em um reggae, quando foi capturada e levada pela mesma quantidade de homens e acabou sendo morta de forma semelhante. Apesar da família negar que a menor fosse usuária de drogas e tivesse envolvimento com alguma ação criminosa, o delegado acredita que esta tenha sido sim a real motivação da sua execução. “Apesar da família negar o envolvimento dela, por tudo o que foi investigado, muitas testemunhas foram ouvidas, ela teria algum nível de envolvimento com a facção”, explicou Bruno Emílio.

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Déborah Moraes/Alagoas 24 HorasDelegado Bruno Emílio

Delegado Bruno Emílio

No início deste mês um menor de 17 anos foi apreendido por envolvimento no crime e dois suspeitos foram presos em cumprimento a mandados de prisão preventiva, João Batista da Silva Barros, de 21 anos, conhecido como “João Diabólico”; e Karina de Medeiros Nunes, também de 21 anos, foram capturados em Riacho Velho, no município de Marechal Deodoro, região metropolitana. Ambos os casos foram noticiados pelo Alagoas24Horas.

João Diabólico, entretanto, nega seu envolvimento no caso, mas confessou ter praticado cinco homicídios entre os anos de 2013 e 2015. No momento de sua prisão foram encontradas em sua residência 115 munições de fuzil, que seriam enviadas para São Paulo. Ele negou possuir o armamento, e disse que apenas negociava as munições.

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Na manhã de hoje se apresentou voluntariamente um quarto suspeito identificado como Luis Carlos Tavares da Silva, de 21 anos, conhecido como “Ninho”.

Bruno Emílio disse que os outros envolvidos foram identificados, mas continuam foragidos, e que um deles, inclusive, teria sido vítima de homicídio no início deste mês, também na região do Benedito Bentes.

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