A polícia espanhola deteve nesta sexta-feira (18) em Ripoll, na província catalã de Girona, uma terceira pessoa por suspeita de ter vínculos com os atentados terroristas em Barcelona e Cambrils. Em homenagem às vítimas, a Espanha fez um momento de silêncio.
A detenção faz parte da investigação iniciada na quinta (17), após os atentados, que causaram a morte de 13 pessoas e feriram mais de 100 em La Rambla, principal via turística de Barcelona. Em Cambrils, sete pessoas ficaram feridas.
“Uma terceira pessoa foi detida em Ripoll em relação aos ataques”, confirmou a polícia catalã, no Twitter, sem fornecer a identidade do suspeitou ou detalhes sobre a investigação.
O atropelamento em Barcelona começou nas imediações da praça Catalunha e percorreu 600 metros da Rambla. Vítimas de ao menos 18 nacionalidades foram atingidas pela van. Quinze estão em estado grave.
Terroristas ligados ao Estado Islâmico voltam a atacar na Europa, dessa vez na Espanha
Cambrils
Menos de 10 horas depois do ataque em Barcelona, no início da madrugada desta sexta (no horário da Espanha), um Audi A3 ultrapassou um bloqueio policial e atropelou pedestres, em Cambrils, cidade a 117 km de Barcelona. Sete pessoas ficaram feridas – um policial e seis civis. A polícia catalã matou os cinco suspeitos que estavam no carro. De acordo com a CNN, foram encontrados no veículo falsos cintos com explosivos.
Alcanar
A investigação da polícia da Catalunha busca saber se o incidente em Cambrils e a explosão de um prédio ocorrida em Alcanar, por volta das 23h30 de quarta, tem relação com o ataque de Barcelona. A explosão, que foi atribuída a um vazamento de gás, deixou um morto e outras sete feridas. No local estavam estocados mais de 20 cilindros de gases butano e propano.
Ataque em Barcelona
Segundo o “El País”, o motorista avançou com a van sobre os pedestre em La Rambla por cerca de 600 metros. No centro da via fica a parte exclusiva para pedestres e, nas laterias, a passagem de carros. O local é muito movimentado, com artistas de rua, restaurantes e vendedores ambulantes.
Algumas pessoas se protegeram nas diversas lojas que existem no local, que é um dos principais pontos turísticos da cidade e fica lotado nesta época do ano, que é verão na Europa. O motorista da van fugiu caminhando.
O veículo usado no ataque foi alugado por um homem chamado Driss Oukabir, em Santa Perpetua de la Mogada, município perto de Barcelona. A imprensa chegou a divulgar uma foto de Driss Oukabir dizendo que ele era o autor do ataque e que teria sido preso. No entanto, o jornal “La Vanguardia” publicou que ele se apresentou em uma delegacia de Girona, a cerca de 100 km de Barcelona, e afirmou que seu documento havia sido roubado e que no momento do ataque ele estava em Ripoll, uma das cidades desta província.
Um segundo veículo, também ligado ao atentado, foi encontrado pela polícia na cidade de Vic, a 70 km de Barcelona. A região da Rambla foi isolada, e as estações de metrô e trem perto do local do atropelamento foram fechadas – e liberadas só no fim da noite.
Temporada turística
O atentado aconteceu no auge da temporada turística de verão em Barcelona, um dos principais destinos turísticos da Europa, que recebe pelo menos 11 milhões de visitantes anualmente.
A prefeitura suspendeu todas as atividades públicas, inclusive a tradicional festa do bairro de Gracia.
Em março de 2004, militantes islâmicos colocaram bombas em vagões de metrô em Madri, que explodiram na estação de Atocha. O atentado, o mais mortal da história da Espanha, deixou 191 mortos e mais de 1,8 mil feridos.
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