MP ouve padre preso suspeito de abusos prometendo ‘recuperar a virgindade’ das vítimas

Depoimento durou mais de quatro horas, no Fórum de Anicuns, GO. Religioso é investigado por estupro de pelo menos cinco fiéis.

Divulgação/MPPadre Iran (à esq.) foi preso suspeito de abusar de fiéis

Padre Iran (à esq.) foi preso suspeito de abusar de fiéis

O padre Iran Rodrigo Souza de Oliveira, de 45 anos, preso suspeito de abuso sexual, foi ouvido na tarde desta sexta-feira (18) no Fórum de Anicuns, a 76 km de Goiânia. Segundo as investigações, ele cometia o crime com a promessa de “recuperar a virgindade” das vítimas. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) investiga ao menos cinco estupros que teriam sido cometidos por ele.

De acordo com um servidor do Fórum, o padre chegou ao local acompanhado de advogados. O promotor de Justiça Danni Sales Silvas, que ouviu o pároco, disse que o relato foi longo, mas não poderia revelar informações sobre o teor do depoimento.

Existe a suspeita de que os crimes eram cometidos desde 2005. O religioso foi preso preventivamente na quarta-feira (16), em Caiapônia, no sudoeste de Goiás. Depois, ele foi levado para Anicuns. Em seu depoimento, ele preferiu ficar em silêncio.

A acusação era de dois crimes contra uma jovem, de 21 anos, e uma adolescente, de 14, na época do crime, em 2014.

Depois que o caso veio à tona, outras três jovens procuraram o MP para denunciar o pároco. O órgão também apura atos com uma criança de 11 anos e uma mulher, de 50.

Na ocasião da prisão, o bispo diocesano de São Luís de Montes Belos de Goiás, responsável pela paróquia de Americano do Brasil, da qual o padre preso faz parte, informou à TV Anhanguera que o pároco deve ficar afastado das atividades durante as investigações e que ele ainda é suspeito e não culpado.

Já o advogado do padre disse à TV Anhanguera que o pároco não pode ser condenado até que provem que ele é culpado.

De acordo com as investigações, os abusos aconteciam dentro da casa paroquial e duravam de 1h a 1h30. As vítimas relataram ainda ao Ministério Público que se sentem culpadas por terem deixado ser abusadas pelo padre.

“Uma delas chorou do início ao fim do depoimento, perguntando se ela era culpada por aquilo. Ela chegou até a pesquisar na internet se aquele tipo de benção, tocando as partes íntimas, existia dentro da Igreja Católica”, contou o promotor.

Fonte: G1

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