Pesquisa da USP em cobaias mostra que dieta faz pelos crescerem

Camundongos que comeram 60% menos calorias perderam gordura e encontraram outra forma de se aquecer, aponta estudo da Universidade de São Paulo publicado na 'Cell Reports'.

Pixabay/CC0 Creative Commonscamundongo

Uma dieta com poucas calorias estimula o crescimento de pelos e do folículo capilar, aumenta o fluxo sanguíneo e muda todo o metabolismo da pele, indica pesquisa em cobaias do Instituto de Química da Universidade de São Paulo.

Pesquisadores hipotetizam que o crescimento do pelo e as alterações metabólicas podem ter ocorrido como uma resposta adaptativa: a restrição calórica levou à diminuição de gordura e, com isso, camundongos colocaram em curso diversas alterações metabólicas para se sentirem aquecidos.

O achado é particularmente importante porque não só nos ajuda a entender como o corpo responde à restrição de calorias, mas também porque indica possíveis linhas de pesquisas para minimizar processos de envelhecimento da pele — já que o crescimento do pelo se deu pelo aumento de produção de células-tronco.

A pesquisa foi publicada nesta terça-feira (12) na “Cell Reports” e teve como primeira autora a pesquisadora Maria Fernanda Forni, do Instituto de Química da USP. Alicia Kowaltowski, professora da USP, coordenou o estudo.

A cientista e equipe dividiram cobaias em dois grupos: no primeiro, camundongos poderiam comer tudo o que queriam; no segundo, cobaias comeram 60% das calorias usuais.

Após seis meses, o grupo observou que ratos com restrição de calorias perderam 54% da massa corporal e sua pele ficou mais uniforme, mais espessa e mais longa.

Outros estudos já associaram dietas de poucas calorias a diversos benefícios para a saúde, como o combate à resistência à insulina. A restrição calórica também já foi relacionada com o aumento da expectativa de vida.

Fonte: G1

Veja Mais

O que acontece com os pulmões quando você para de fumar?

Cigarro tradicional ou eletrônico "detonam" estruturas pulmonares e comprometem outras partes do corpo. Apesar do impacto do tabagismo, pneumologista Elnara Negri alerta que parar de fumar sempre vale a pena, pois órgão têm boa capacidade de se recuperar das agressões.

Deixe um comentário

Vídeos