PF indicia deputada Thaise Guedes por desvio de mais de R$ 200 mil da ALE

Ascom ALEDeputada Thaise Guedes

Deputada Thaise Guedes

Duzentos e vinte mil reais, esse é o valor que a Polícia Federal suspeita que a deputada estadual Thaise Guedes (PMDB) tenha desviado da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) em esquema que pode ter lesado em até R$ 15 milhões os cofres públicos, já que além de Thaise outros dez deputados estaduais que integravam a mesa Diretora da ALE na época são investigados pelo mesmo crime.

As investigações correspondem ao período entre 2010 e 2013, onde servidores teriam, supostamente, recebido salários indevidos. Uma única servidora lotada no gabinete da deputada indiciada pode ter recebido indevidamente até R$ 140 mil, correspondentes a 13 salários. Enquanto outros dois teriam recebido R$ 80 mil a mais do que o valor devido pela ALE.

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A mesma servidora foi ouvida pela Polícia Federal e relatou não ter recebido a quantia atribuída. Ela é beneficiária do Programa Bolsa Família e alega ter entregue à deputada documentação para supostas vagas no mercado de trabalho. Ela também relatou que não sabia que integrava o quadro de servidores da ALE e é considerada uma funcionária fantasma.

Já os outros dois servidores teriam recebido salário superior ao devido. Isso teria ocorrido 12 vezes, somando 12 salários. Cada salário recebido indevidamente deve render um indiciamento contra a deputada que poder responder 25 vezes pelo crime de peculato. A pena para o crime pode variar entre dois e 12 anos de prisão.

A PF já encaminhou o inquérito ao Ministério Público Estadual e caberá ao Procurador Geral do Estado, Alfredo Gaspar, oferecer ou não a denúncia.

Procurada pelo Alagoas24horas a assessoria da parlamentar alegou que a deputada deve se pronunciar por meio de nota em breve.

O demais deputados devem ser ouvidos até o final do ano. A assessoria da Polícia Federal se pronunciou emitindo uma breve nota em que afirma que todos os deputados suspeitos de integrar o esquema serão indiciados. A PF informou que ainda não foi definida uma agenda, mas que há um planejamento para que isso ocorra nos próximos dias. Os deputados devem responder por peculato e outros crimes decorrentes das investigações.

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 Nota da deputada

No que diz respeito à investigação citada, destaco que fui prestar esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal, espontaneamente, sem qualquer intimação – e dispensando o uso da minha prerrogativa parlamentar, que me possibilita ser ouvida em data, local e hora a ser definido. Informo ainda, que tudo será devidamente esclarecido no decorrer da investigação.

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