Em defesa da Reforma Agrária, MST ocupa prefeituras de Alagoas

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Desde o início da manhã de hoje (07), centenas de trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra ocupam prédios de prefeituras em todas as regiões de Alagoas. A ação dos Sem Terra denuncia o abandono dos poderes municipais com a pauta dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária, além de cobrar dos municípios as demandas de infraestruturas sociais e produtivas para as áreas.
Do Sertão ao Litoral de Alagoas, já são diversos municípios com ocupação da prefeitura pelos camponeses e camponesas em luta por melhores condições de vida no campo alagoano, pautando a responsabilidade do poder público municipal com as áreas de Reforma Agrária. No Alto Sertão estão ocupadas as prefeituras de Olho D’Água do Casado, Delmiro Gouveia; na Zona da Mata as cidades de Joaquim Gomes, São Luiz do Quitunde, além das cidades de Taquarana e Junqueiro.
Entre as principais reivindicações, os Sem Terra demandam ações efetivas do município nas áreas de educação, saúde e infraestruturas para a produção de alimentos saudáveis nos acampamentos e assentamentos, como abastecimento de água para irrigação e consumo, ajustes nas estradas para escoamento da produção, entre outras demandas.
José Neto, da direção estadual do MST, destacou a necessidade da mobilização dos camponeses em todo o estado. “Hoje é mais um dia de colocarmos nossas bandeiras, ferramentas e reivindicações nas ruas. Nossas ocupações denunciam o abandono das diversas prefeituras das demandas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, disse.
“Ocupamos as prefeituras para dizer coletivamente que a efetivação das políticas públicas do município para o povo que vive no campo é fundamental para toda a cidade,” destacou o dirigente. “No Sertão de Alagoas, por exemplo, nossa luta por água e pelas demais pautas para fortalecer e garantir a produção de alimentos em nossas áreas é importante também para quem vive na cidade, pois isso determina o que vai chegar na mesa da população, gera renda e movimenta a economia do município”.

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De acordo com José Neto, as reivindicações em várias das prefeituras ocupadas já são conhecidas pela gestão municipal, mas sem avanço significativo no dia-a-dia da vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
“No geral todas as pautas são de conhecimento do município, mas que nada tem feito para melhorar as condições de vida dos que vivem nos acampamentos e assentamentos, sem considerar as necessidades e a importância desses homens e mulheres, camponeses e camponesas, para o desenvolvimento da cidade como um todo”, ressaltou.
As ações nas prefeituras seguem exigindo retorno da gestão municipal às demandas, pautando audiência com os prefeitos e secretariado.

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Fonte: MST

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