‘A polícia fez um carnaval, quem é louco de revidar’, diz familiar sobre morto em confronto

PC/ALThiago quando foi apresentado como assaltante de banco

Thiago quando foi apresentado como assaltante de banco

Familiares do homem morto em suposto confronto com militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) questionaram, na tarde desta sexta-feira (17), a versão fornecida pela polícia de que Thiago Gilberto da Silva, de 33 anos, teria trocado tiros com a guarnição, na Cidade Universitária, na noite da quinta-feira (16).

De acordo com o relatório do Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp), o acusado teria sido flagrado com um fuzil calibre 762, dois revólveres de calibre 32 e 38, além de explosivos, celulares e drogas que estavam escondidos dentro de casa. De acordo com a tia da vítima, Sônia Vieira, essa versão não procede, bem como a troca de tiros, pois o jovem não seria louco de “revidar” com policiais. Ela disse que Thiago Gilberto morava com a filha, que teria presenciado tudo dentro da residência.

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“A polícia fez um carnaval. Disseram que ele revidou, mas quem é louco de revidar? O revólver que disseram estar na casa dele, na realidade era de um estabelecimento. Eles arrombaram a porta e executaram o meu sobrinho”, afirma a tia que diz ainda que os restantes dos artefatos teriam sido plantados pela própria polícia.

A familiar, que reside no Rio de Janeiro, confirma -porém- que Thiago foi preso em 2006, quando foi acusado junto a outros oito integrantes no assalto ocorrido na fazenda do deputado estadual Olavo Calheiros. Nesse período, ela afirma que o sobrinho andava com “más amizades” e que se tornou uma “presa fácil” dessas pessoas.

“Ele não tinha culpa, era tudo má influência de outras pessoas. O sonho desse menino era servir o Exército”, garante Sônia Vieira.

Apesar das acusações fortes em relação ao trabalho da polícia, a familiar informou que não deve recorrer à Corregedoria da PM. O motivo alegado é o medo por possíveis represálias devido ao teor da denúncia.

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