Palhaço Biribinha será o grande homenageado do Palco Giratório

Sesceu sem voce nao sou ninguém - foto marisa vianna

O circo como espaço de resistência. É dessa forma que os artistas percebem a arte da palhaçaria, responsável por despertar tantas emoções na plateia, capaz de transportar os espectadores a mundos imaginários e, ao mesmo tempo, levar a reflexões de temas atuais.

Neste ano, a 21ª edição do Palco Giratório, realizado pelo Sesc, destaca o circo, e tem como homenageado Teófanes Antônio Leite da Silveira, o Palhaço Biribinha, artista de grande representatividade para as artes circenses e que neste mês completa 60 anos de carreira.

O lançamento nacional do Palco Giratório será em Belo Horizonte (MG), no dia 22 de março, às 19h, na Serraria Souza Pinto, no Centro (Av. Assis Chateaubriand, 809) com uma mostra de cinco dias que terá a apresentação da Cia. Teatral Turma do Biribinha (AL) e os espetáculos “Fauna” (MG), “Looping: Bahia Overdub” (BA) e “Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens” (SP).

Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana, Teófanes diz que nasceu para ser palhaço e assim será “até o fim dos tempos”. Nasceu dentro de um circo no mesmo dia que um leão que o acompanhou até o primeiro ano de vida – depois o felino ficou muito grande para as brincadeiras. “Pisar o palco, que meu pai chamava de “as quatro tábuas” sempre foi muito emocionante pra mim. Ali eu vi a cortina de boca abrir, fechar, ali eu vi luz em cima de mim, ali eu vi maquiagem, figurino, direção, aplauso, silêncio, enfim, foram assim os meus primeiros contatos com o circo”, relembra.

A arte circense, existente há mais de mil anos. Surgida no Império Romano, já teve as mais variadas atrações e formas em todas as civilizações. O circo que se mantém vivo até hoje é símbolo de resistência. No meio da selva de pedra em que vivemos hoje, impossível não se encantar com uma lona colorida montada no meio da cidade.  E é por admiração e apoio a essa resistência que o Sesc oferecerá ao público cinco espetáculos de circo durante o Palco Giratório. Para o Circuito Especial, uma lona de circo será montada pelo período de até 20 dias em sete estados e no Distrito Federal, funcionando como ponto de encontro para apresentações de grupos circenses locais, ações formativas, palestras e números – além das apresentações da própria Turma do Biribinha.

Espetáculos de diferentes regiões do Brasil valorizam a arte circense na 21ª edição do Palco Giratório

Entre os espetáculos circenses que integram a programação da 21ª edição do Palco Giratório  estão Clake (SP), um espetáculo de circo de rua cômico que acentua o trabalho dos artistas como palhaços excêntricos musicais. Sequências de gags clássicas são combinadas com a linguagem contemporânea da dupla e resultam num espetáculo de palhaçaria cômica física e musical.

A Salto Alto – Entre Gentilezas e Extermínios (RJ) se apresenta e conta a história de sete pessoas que, ao terem acesso a uma outra maneira de viver, se despem de suas experiências para vestir essa realidade. O espetáculo de circo adulto profana a fábula romântica da Cinderela tendo como principal crítica o consumismo desenfreado da nossa sociedade.

No freak show Animo Festas (SP), o universo do palhaço é personificado na sombria figura de Klaus, que narra suas memórias no submundo de festas infantis. Klaus sobrevive de performances em festas infantis e narra suas memórias no submundo desses eventos ao som de rock, música francesa e trilhas infantis dos anos 90.

Concerto em Ri Maior (PR) é uma comédia musical que surgiu em 2005 a partir de jogos de improvisação do palhaço com a música. No espetáculo que será apresentado, o maestro e palhaço Wilson Chevchenco apresenta um concerto baseado em sua origem russa e conta com a ajuda de Sarrafo, seu fiel amigo, para executar as obras de sua família e ser compreendido pela plateia, já que não fala português.

Sobre o Palco Giratório

Durante as 20 edições do Palco Giratório, cerca de 5.5 milhões de pessoas já assistiram aos espetáculos nos mais diversos estados do país. Foram mais de 9 mil apresentações em 170 cidades, consolidando uma imensa rede de afetos que sustenta vidas, histórias, encontros e percursos.

Neste ano, com 625 apresentações artísticas e mais de 1600 horas de oficinas oferecidas em 132 cidades, em 26 estados e no Distrito Federal, a iniciativa do Sesc de difusão e intercâmbio de artes cênicas leva ao público uma programação caracterizada pela diversidade de expressões, qualidade de espetáculos e ações formativas com grupos das cinco regiões brasileiras.

Fonte: Palco Giratório/Assessoria

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