Mãe que matou dois filhos vai a júri popular nesta quinta-feira

Acusação afirma que a ré cometeu o duplo homicídio para se vingar do marido, que a deixou; crime ocorreu em 2009

Alagoas 24 Horas/ArquivoMãe mata filhos em Maceió

Mãe mata filhos em Maceió

Será submetida à júri popular na próxima quinta-feira, 15, Arlene Régis dos Santos, acusada de assassinar os dois filhos: Antony Pedro Santos Nobre, de 7 anos, e Abelardo Pedro Neto, de 12 anos, na residência onde moravam, na Rua Acaraú, nº 81, nas imediações do Aeroclube de Maceió, no ano de 2009. O julgamento será presidido pelo juiz John Silas da Silva, a partir de 8h, no Fórum da Capital.

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Crime

De acordo com denúncia, a mulher deu o medicamento Rivotril para os três filhos na noite que antecedeu o crime. Por volta das 3 horas da madrugada do dia 29 de setembro de 2009, Arlene estrangulou Antony e esfaqueou Abelardo. A ré ainda tentou estrangular o terceiro filho, Arlanicson Pedro Santos Nobre, de então com 15 anos, mas desistiu de concluir o ato criminoso.

À época, Arlene disse que teria ‘incorporado’ uma entidade. Detida no xadrez da antiga Delegacia de Plantão II, a ré disse que estava “manifestada”  e foi necessário que o delegado do caso, Antonio Carlos Lessa, acionasse uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para sedá-la.

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Denúncia

O Ministério Público afirma que a ré cometeu o crime para se vingar do marido, que a deixou. Foi encontrada uma carta escrita por Arlene para o marido, em que ela confessa os homicídios e indica a motivação. O Alagoas 24 Horas conversou com o ex-marido de Arlene, pouco tempos depois do crime, e ele confirmou que estaria separado há mais de oito meses da acusada. Ele disse também que ela já o havia ameaçado de morte e posterior suicídio.

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Transtorno de Personalidade

Alagoas 24 Horas/ArquivoArlene Régis dos Santos foi presa após matar os filhos

Arlene Régis dos Santos foi presa após matar os filhos

Um laudo psiquiátrico constatou que Arlene é portadora de transtorno emocional instável de personalidade, subtipo Borderline. A defesa alegou que a ré seria inimputável, mas o juiz do processo em 2013, Maurício Brêda, considerou que a enfermidade não significa que a mulher não tem capacidade de entender o caráter criminoso do fato. Arlene encontra-se atualmente internada provisoriamente em um centro psiquiátrico.

Matéria referente ao processo nº 0027722-63.2009.8.02.0001

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