Operação desarticula quadrilha de colombianos especializada em agiotagem

Déborah Moraes / Alagoas24HorasDelegado Mário Jorge

Delegado Mário Jorge

Uma quadrilha de colombianos, especializada em agiotagem foi desarticulada pela Polícia Civil em uma operação denominada ‘U$ura’. As investigações que duraram cerca de dois meses revelaram um esquema que movimentava cerca de R$ 5 milhões por mês. Os resultados das investigações, foram apresentados hoje, 13, em entrevista coletiva.

De acordo com o delegado Mário Jorge, coordenador da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) e que esteve a frente de toda ação, sete pessoas foram presas pelos crimes de agiotagem e evasão de divisas em Alagoas no último dia 5 de março. Elas agiam emprestando dinheiro a juros de 30% a 50% a pequenos empresários, vendedores ambulantes, taxistas, bares, oficinas mecânicas e lava-jatos de Maceió e de cidades do interior.

Ainda segundo o delegado, as investigações tiveram início com a suspeita de tráfico de drogas devido a denúncias anônimas a respeito de uma movimentação intensa de motoqueiros e pessoas com mochilas em um apartamento no bairro da Ponta Verde, em Maceió, mas acabaram revelando se tratar de outro crime.

O esquema era comandado por José Leonidas Giraldo Osório e Janeth Campo Rivera, presos no bairro da Ponta Verde. O casal está em Alagoas desde 2014 e teria comprado uma rota de empréstimo de outro colombiano que agia na região do Jacintinho e expandiram as atividades também para os bairros de Trapiche e Ponta Grossa, além das cidades de São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela, Campo Alegre e Maribondo. Eles eram responsáveis por trazer o dinheiro utilizado e determinavam os responsáveis por cada rota onde atuavam.

Os outros envolvidos, Luis Alberto Vasco Giraldo, sobrinho de Leonidas, preso no bairro Osman Loureiro, Julian Andres Zambranco Campo, sobrinho de Janeth, preso na Ponta Verde, Edwin Alfonso Medina Altamar e a esposa Sandra Del Pilar Dominguez Sanchez, presos em São Miguel e Vladimir Hurtado Orejuela, preso no bairro do Farol, tinham as funções de recrutar clientes, emprestar dinheiro e efetuar as cobranças, feitas com ameças e agressividade.

A organização criminosa arcava também com os custos dos aluguéis dos imóveis onde os membros ficavam hospedados e compra de equipamentos como motos, computadores e aparelhos celulares, utilizados para a prática criminosa.

Na operação foram apreendidas seis planilhas de serviços, extratos de três bancos, seis motos, dois notebooks, três cadernetas com diversas anotações, sete aparelhos celulares, um pendrive, diversos cartões de crédito e cerca de R$2.500 em espécie.

Todos os membros do grupo são colombianos, naturais da cidade de Cáli, na Colômbia. De lá,  um outro sócio, identificado como Jorge, daria suporte ao esquema, fazendo remessas de dinheiro através da empresa Mundial Exchange e utilizando CPFs de terceiros, que não se sabe se emprestaram seus documentos voluntariamente ou se são vítimas de falsificação.

O grupo atuaria também em outros estados do Nordeste, como Pernambuco e Paraíba.

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