Operação Golias: mulheres são destaque em organização criminosa que atuava em São Miguel dos Campos

Débora Moraes/Alagoas 24 HorasDrogas apreendidas durante operação

Drogas apreendidas durante operação

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) apresentou, em entrevista coletiva concedida à imprensa nesta quinta-feira, 15, detalhes da operação denominada “Golias” que desarticulou um esquema criminoso de tráfico de drogas no município de São Miguel dos Campos, no leste alagoano.  A operação foi deflagrada na manhã de hoje e contou com apoio da Asfixia, 1ª Companhia e grupamento aéreo, sob o comando da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico.

De acordo com o delegado do caso, Gustavo Henrique, os alvos da operação eram 27 pessoas, dentre as quais um menor de 17 anos. O grupo vinha sendo investigado havia seis meses. O delegado destacou que chamou a operação de Golias pelo fato de um dos seus líderes ter a alcunha de “Gigante”. O grupo também está ligado a outros crimes, como homicídios, roubos e porte/posse ilegal de armas de fogo.

Ao todo, 20 pessoas foram presas, um menor apreendido, cinco mandados cumpridos dentro do sistema prisional e uma pessoa morta em confronto com a polícia. Sobre o material apreendido pelas forças policiais, constam: 6kg de maconha; 0,5 kg de cocaína; 0,5 kg de crack; 20g de MDMA (droga sintética conhecida como Cristal); além de três revólveres calibre 38.

Organograma do Crime

De acordo com o delegado Gustavo Henrique, os líderes desta quadrilha são dois reeducandos do sistema prisional: Paulo da Silva Santos, vulgo “Gigante” e Edson Brito da Silva, conhecido como “Bem-10”.

O delegado destacou que a organização tinha como diferencial o fato de várias mulheres estarem atuando no armazenamento de drogas e na gerência. Para o delegado foi a forma encontrada pelos bandidos para não levantar suspeitas.

As mulheres da orcrim foram identificadas como:

– Bárbara da Silva, 21 anos – Gerente financeira (Esposa de “Bem-10”); 

– Edilene Santos de Sá, a “Di” de 21 anos – Armazenamento de drogas;

– Alice dos Santos Silva, 22 anos – Armazenamento de drogas;

– Débora da Silva Lins, a “Aninha” de 26 anos  – Gerente do tráfico;

– Maria Tatiane da Silva, vulgo “Tati”, de 25 anos – Avião;

– Lucielle Santos de Oliveira, 28 anos – Transporte de drogas (Mula);

– Wedja Silva Rosendo, a “Neguinha”, 23 anos – Avião;

– Nayara Santos Alcântara, 19 anos – Armazenamento de drogas;

– J.S.G, 17 anos – Armazenamento de drogas.

 Os demais presos foram identificados como:

– José Remildo dos Santos, 24 anos, vulgo “Balaô” (avião);

– José Adilson Ferreira da Silva, vulgo “J.A.”, de 22 anos (avião);

– Luan dos Santos, 20 anos (avião);

– Wellington Roberto de Brito, 22 anos (avião);

– José Carlos Lourenço da Silva, 18 anos (avião);

– William dos Santos Davanço, 25 anos (avião);

– Ailson Silva Monteiro, 30 anos (transporte de droga/Mula);

– Robenildo Tavares dos Santos, 22 anos (avião);

– Maxuell da Silva Barros, vulgo “Max”, 21 anos ( avião);

– Rogério Miguel da Silva, vulgo “Macaxeira”, de 21 anos;

– José Vinícius da Silva, o “Pelé”, de 20 anos (avião);

– Claudijone da Conceição Melo, 21 anos –  Gerente do tráfico;

– Jailson dos Santos, o “Jal”, 29 anos, (Revenda de drogas); Este morreu em confronto com a polícia.

Além desses, outros três envolvidos já estavam no sistema prisional:

– Robson dos Santos Silva, 22 anos (Fornecedor de drogas);

– Djavan Guilhermino da Silva (avião);

– Maurício Gomes de Lima, 29 anos (revenda).

Todos os envolvidos têm antecedentes criminais, por ilícitos como tráfico de drogas, roubo, homicídio e posse ou porte de arma de fogo. Durante as investigações, foi descoberto também uma morte cometida por um membro do grupo que está foragido, identificado como Diego Ferreira da Silva, de 19 anos. A vítima foi um menor de 15 anos, que foi morto por engano, confundido com outra pessoa que teria dívidas de tráfico.

Cristal

O delegado Gustavo Henrique destacou que durante a apreensão das drogas encontrou 20g de uma droga sintética denominada MDMA (droga sintética conhecida como Cristal), que causou espanto aos policiais por ser uma droga pouco conhecida em Alagoas e já estar sendo comercializada no interior do Estado.

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