Polícia investiga estupros em série cometidos por motorista de aplicativo

Nova vítima, uma vendedora de 25 anos, já identificou o condutor, que foi preso em Bertioga (SP) após abusar sexualmente de uma estudante de 16.

G1Veículo alugado utilizado pelo motorista foi usado para sequestrar casal de namorados em Bertioga, SP

Veículo alugado utilizado pelo motorista foi usado para sequestrar casal de namorados em Bertioga, SP

A Polícia Civil investiga se o motorista Luiz Flavio de Souza, de 42 anos, é um estuprador em série. Após a confirmação de que ele abusou sexualmente de uma estudante de 16 anos em Bertioga, no litoral de São Paulo, outra vítima, uma vendedora de 25 anos, moradora de Guarujá, o reconheceu como o responsável por atacá-la.

Souza foi localizado, após uma denúncia, por equipes da Polícia Militar, na noite de terça-feira (20), cinco dias depois de sequestrar, vendar e estuprar a adolescente. Contra ele, já havia uma ordem de prisão temporária. O carro utilizado nos dois crimes era alugado e também foi apreendido para ser periciado.

“Com a divulgação do caso, é possível que outras vítimas o identifiquem. Esses dois crimes, já atribuídos a ele em relação à autoria, ocorreram no intervalo de um mês, e da mesma maneira. As tatuagens no corpo dele ajudaram no reconhecimento”, afirmou o delegado Sérgio Nassur, responsável pelo caso.

O primeiro estupro confirmado ocorreu em 15 de fevereiro, no Distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, contra a vendedora. Ela retornava para casa a pé, quando ele emparelhou o carro próximo a ela na calçada, desembarcou e forçou a entrada dela no veículo, mostrando uma arma. Em seguida, a algemou e a vendou.

A vítima foi levada até uma casa, onde ocorreu o estupro. Cerca de uma hora depois, ela foi colocada de volta no veículo e abandonada em uma rua nas proximidades. O caso foi acompanhado pela Delegacia da Mulher da cidade, até que uma ocorrência semelhante foi apresentada à Polícia Civil exato um mês depois, em 15 março.

“Desta vez, foi a vítima de Bertioga. Ela estava com o namorado, de 18 anos, em um ponto de ônibus, quando o motorista parou. Ele desceu e mandou que os dois entrassem. Algemou o rapaz e vendou a moça em seguida”, conta o delegado. O semelhante modo de agir chamou a atenção dos investigadores.

O rapaz foi alvo de coronhadas, conforme o registro da ocorrência. Ele acabou liberado momentos depois, às margens da Rodovia Rio-Santos. Antes de sair do carro, o jovem foi obrigado a deixar o celular, dinheiro e outros objetos pessoais dentro do veículo, onde permaneceu a namorada dele, sob ameaças.

Ainda segundo a polícia, a adolescente foi levada pelo criminoso até uma casa, onde ocorreu o estupro. Durante o trajeto, ela estava vendada pelo motorista para que não conseguisse saber onde estava. A estudante foi liberada horas depois, também às margens da rodovia, na região do bairro Ana Paula.

“Suspeitamos que ela tenha sido levada para a mesma residência. Por isso, nossa investigação continua. É possível, sim, que outras mulheres e jovens tenham sido vítimas dele, que tem características de um criminoso em série. Pedimos para que essas pessoas procurem a polícia”, afirmou o delegado.

Prisão
Souza foi encontrado após uma denúncia anônima à Polícia Militar. Ele conduzia o mesmo carro utilizado no crime pela Avenida Presidente Vargas, no Distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, quando acabou abordado por equipes que patrulhavam a área com o objetivo de localizá-lo e prendê-lo.

O homem negou, a princípio, o estupro aos policiais militares, mas confessou a participação ao depor oficialmente na Delegacia Sede de Guarujá. Além do veículo, as tatuagens no corpo dele, principalmente nos braços e no pulso, ajudaram a comprovar o envolvimento no crime. Ele também foi reconhecido pelas vítimas.

Na delegacia, os policiais ainda descobriram que o motorista, que tinha passagens por receptação e furto, trabalhava para aplicativos de transporte, mas não pagava o aluguel do veículo há pelo menos seis meses. Ele foi recolhido à carceragem e depois encaminhado à Cadeia Pública em cumprimento à ordem judicial.

Fonte: G1

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