O pré-candidato ao cargo de Presidente da República, Guilherme Boulos (Psol), está em Alagoas e participou na manhã desta terça-feira (15) de entrevista coletiva onde apresentou detalhes sobre as propostas de governo e a campanha presidencial deste ano. Durante o evento, em Maceió, Boulos destacou que uma das principais medidas que serão tomadas caso seja eleito será a criação de plebiscitos para revogação das reformas criadas pelo atual presidente Michel Temer (MDB).
“Em dois anos, o atual presidente ilegítimo conseguiu ter um retrocesso de 50 anos, de direitos que havíamos conquistado. Um ponto base do nosso projeto é que, se eleito, irei criar um plebiscito no primeiro dia de janeiro para revogar as medidas tomadas pelo Temer”, afirmou.
No centro, Guilherme Boulos e à direita, Basille Christopoulus
O pré-candidato à presidência chamou atenção ainda para a forma como deseja financiar a campanha para competir com os grandes nomes da política brasileira. “Sabemos que a política no Brasil é como Davi e Golias, onde os maiores se comprometem com investidores, pois recebem grandes financiamentos para serem eleitos. Nós faremos nossa campanha pelo povo, através de financiamento coletivo e vaquinhas virtuais”, finalizou.
O professor Basille Christopoulus, que anunciou sua pré-candidatura ao Governo de Alagoas na última quinta-feira (10), também participou da coletiva, onde fez considerações sobre o cenário político atual de Alagoas.“Ainda é cedo, mas vemos que há um vácuo deixado pela parte da oposição e pretendemos preencher esse espaço com ideias e debates. Boa parte das pessoas acha que o atual governador vai ser reeleito, mas nós sabemos que Alagoas precisa de alternativas e essas alternativas serão dialogadas com o povo”, disse.
Caravana da Coragem
Outra presidenciável que chegou a Alagoas nesta segunda-feira (14) foi candidata pelo PMN, a jornalista Valéria Monteiro. A ex-apresentadora do Jornal Nacional, da Rede Globo, disse estar realizando uma campanha modesta e sofrendo resistência dentro da própria legenda. “O que me motivou foi a indignação grande, de ver a política como ela está hoje.”
A campanha, denominada caravana da coragem, conta inicialmente com duas pessoas, a própria candidata e o estrategista, com recursos da própria Valéria e já percorreu mais de sete mil quilômetros do país. A pré-candidata, inclusive, manteve a campanha mesmo após o PMN anunciar em março desse ano que não haveria candidato à Presidência. Valéria, no entanto, quer prolongar a briga até o mês de junho, quando haverá a convenção do partido.
Além de se apresentar como porta voz dos “esquecidos”, Valéria Monteiro destacou como atuais as propostas de Juscelino Kubitschek, sobretudo a enorme necessidade de investimento maciço na malha ferroviária como fomentador do turismo e geração de emprego e renda.
