Caixa tem lucro de R$ 3,2 bi no 1º tri, alta de 114% em relação a 2017

Segundo o banco estatal, resultado foi devido às receitas com intermediação financeira e prestação de serviços e pelo recuo nas despesas administrativas.

Pilar Olivares / ReutersCaixa

A Caixa Econômica Federal divulgou quinta-feira (24) que teve lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no 1º trimestre de 2018, alta de 114,5% em relação ao mesmo período de 2017. A Caixa diz que foi o maior resultado trimestral da história do banco, gerado pelo “aumento da eficiência operacional”.

Segundo o banco estatal, o aumento do lucro foi gerado principalmente pelo avanço de 21,9% no resultado bruto da intermediação financeira, pelo crescimento nas receitas com prestação de serviços e pelo forte recuo nas despesas administrativas.

Com o resultado trimestral, o lucro da Caixa é o 3º maior entre os principais bancos do país, atrás do Itaú Unibanco e Bradesco.

Carteira de crédito
No 1º trimestre, a carteira de crédito ampla alcançou saldo de R$ 700,2 bilhões, recuo de 2,1% em 12 meses, em função da estratégia adotada para adequação do seu portfólio à implementação das regras de Basileia III, para melhorar a alocação de capital da empresa e ampliar as carteiras de menor risco, além de melhorar a eficiência operacional e rentabilizar a carteira de crédito atual.

Com isso, houve o crescimento nas carteiras de menor risco, como habitação e infraestrutura, e redução da exposição nas carteiras comerciais, tendo como efeito a redução da provisão para devedores duvidosos, que foi de 27,7%.

Essa estratégia resultou no recuo de 2,1% em 12 meses na carteira de crédito, sendo 25,2% no segmento pessoa jurídica e 11,5% no segmento pessoa física, linhas que exigem maior alocação de capital. O crédito rural teve redução de 6,8% em 12 meses e alcançou saldo de R$ 7,0 bilhões no primeiro trimestre.

Crédito imobiliário
Por outro lado, a carteira imobiliária alcançou saldo de R$ 433,1 bilhões, crescimento de 4,9% em 12 meses. Desse saldo, R$ 243,4 bilhões foram concedidos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aumento de 14,8%, e R$ 190 bilhões com recursos da poupança, que recuaram 5,5% em 12 meses.

Com isso, a Caixa ganhou 1,7 ponto percentual de participação no mercado de crédito imobiliário, mantendo-se na liderança, com 69,1%.

Demissões fazem cair despesas
As despesas de pessoal caíram 12,5%, impactadas, principalmente pelos efeitos dos planos de demissão voluntária iniciados em 2017. Já as outras despesas administrativas reduziram 5,9% em 12 meses, em função dos ganhos com a otimização de processos e do controle das despesas operacionais.

Assim, o índice de eficiência operacional alcançou 48,4%, melhora 3,2 pontos percentuais em 12 meses, melhor marca, segundo a Caixa. O índice de cobertura de despesas de pessoal registrou 117,1%, avanço de 11,2 pontos percentuais na comparação com 2017, e a cobertura com despesas administrativas totalizou 76,0%, melhorando 7,9 p.p. em 12 meses.

Fonte: G1

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