Servidora da Justiça acusada de vazar operação é presa pela PC no Agreste

 

Caio Loureiro

Fórum de Arapiraca

A servidora do Fórum de Arapiraca acusada de vazar os alvos da operação desencadeada no dia 26 de julho, em Arapiraca, e que envolveu mais de 100 agentes públicos, foi presa na manhã desta segunda-feira (6) durante nova ação da Polícia Civil de Alagoas. Uma comissão de delegados foi formada para investigar o episódio.

Um grande aparato foi mobilizado para cumprir mandados em desfavor de suspeitos de vários crimes. A ação era coordenada pelo delegado Igor Diego e teria fracassado depois que a servidora informou os nomes dos alguns alvos, além dos locais onde eles residiam. No áudio, divulgado nas redes sociais, a servidora informa sobre a ação ainda nas primeiras horas do dia 26.

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“Vai ter uma operação e tem muitos envolvidos ali da Rua Boa Vista, entendeu? Eu ouvi o nome Rafael, mas não sei qual é a rua”, diz alguns trechos do áudio, que está ‘picotado’. Rafael seria um dos ‘alvos’ da operação.

A Delegacia Geral designou os delegados Thiago Prado e Cayo Rodrigues para investigar o caso no último dia 31. Na manhã de hoje, a servidora foi presa em cumprimento a mandado de prisão. A servidora, que não teve a identidade divulgada, trabalha na 8ª Vara Criminal de Arapiraca, deverá ficar afastada das funções até o término da investigação.

Exoneração

Tendo em vista os recentes fatos que culminaram com a decretação da prisão da servidora da 8ª Vara Criminal de Arapiraca, o Tribunal de Justiça de Alagoas vem a público esclarecer que o Judiciário, por meio da Presidência e da Corregedoria-Geral da Justiça, tomou e continuará tomando todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis para apurar as possíveis infrações cometidas, observando-se o devido processo legal. Cumpre informar que, a pedido do Juiz daquela unidade judiciária, a Presidência desta Corte já determinou a exoneração da servidora em questão do cargo em comissão que ela ocupava.

O Tribunal de Justiça reitera sua postura de não tolerar qualquer ato que vise prejudicar o trabalho das autoridades policiais e judiciais.

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