Felipão iguala marca de 10 anos e diz que receita foi ‘fazer o simples’

Reuters

A vitória por 1 a 0 sobre o Bahia na última quinta-feira (16), no Pacaembu, não valeu apenas a classificação para as semifinais da Copa do Brasil. O triunfo sem levar gols também fez o Palmeiras igualar uma marca que não era alcançada há dez anos: a de ficar seis jogos seguidos sem ter a defesa vazada, um dos pontos que mais vinha sendo criticado sob o comando de Roger Machado.

Desde a saída do antigo treinador, demitido após derrota por 1 a 0 para o Fluminense, o Palmeiras não levou mais gols. A sequência teve uma vitória por 3 a 0 sobre o Paraná sob o interino Wesley Carvalho, um 0 a 0 com o Bahia com o auxiliar Paulo Turra no banco e, já com Felipão no comando, 0 a 0 com o América-MG, 2 a 0 sobre o Cerro Porteño, 1 a 0 no Vasco e 1 a 0 no Bahia.

A última vez que uma série assim havia acontecido no Palmeiras foi na temporada 2008, ano em que o time foi campeão paulista. Na ocasião, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, a equipe não sofreu gols em jogos consecutivos contra Cruzeiro, Vasco (duas vezes), Sport Ancash-PER (duas vezes) e Náutico.

Para Felipão, a receita da melhora foi “fazer o simples”. O treinador disse que os treinos defensivos têm sido comandados principalmente por Paulo Turra, enquanto ele intervém apenas com observações pontuais. Aos 69 anos, Scolari disse ainda que não tem visto mudanças significativas no modo de treinar uma equipe de futebol e que as principais diferenças do jogo moderno estão na melhor estrutura oferecida aos técnicos.

“As coisas não mudaram nada, mudou a estrutura do Palmeiras. Agora tenho muita coisa à minha disposição, tenho que saber administrar, e acho que sei. Não é uma questão de modernidade, é saber administrar o que te dão. Futebol, dinâmica de treinamento, é igual em qualquer parte do mundo. Algumas palavras são diferenciadas, mas é só isso. O que muda é um campo reduzido, um campo maior, situações de jogo… não muda muito. Todos fazem mais ou menos a mesma coisa”, disse Felipão.

O discurso se contrapõe totalmente com o de seu antecessor. Roger falava abertamente em estudar o jogo, buscar aprimoramento constante e desenvolver novas metodologias de treinamento. Apesar de bons resultados no geral, nunca convenceu totalmente a torcida e acabou demitido pouco depois da parada da Copa do Mundo.

Desde a chegada de Felipão, justificada pela diretoria como uma necessidade de mudar a postura da equipe em campo e trazer mais regularidade aos resultados, o Palmeiras tem mudado seu estilo. Os resultados recentes e a idolatria a Scolari, campeão da Libertadores pelo clube em 1999, impactaram imediatamente o comportamento do torcedor.

Para tentar superar a marca de 2008 e chegar a sete jogos sem sofrer gol, Felipão deve fazer algumas mudanças no time. Apesar de manter o discurso de não priorizar competições, o treinador tem dado preferência aos mata-matas da Copa do Brasil e da Libertadores e escalado mais atletas reservas no Brasileirão. A tendência é um novo time misto no domingo (19), quando o alviverde enfrenta o Vitória, fora de casa.

Fonte: Notícias ao Minuto

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