Arquiteto alagoano relata agressão em casa de shows de São Paulo

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Arquiteto Yhes Almeida

O arquiteto alagoano, Yhes Almeida, usou as redes sociais para denunciar uma agressão sofrida em uma casa de shows no estado de São Paulo.

Em seu relato, o arquiteto diz que estava na companhia do amigo Kennedy Teixeira quando os agressores se aproximaram e os atacaram. No momento, eles pensaram que era um assalto, mas no decorrer da confusão descobriram que estavam sendo alvos de homofobia.

“Um já chegou me segurando com força e falando “pega o outro v… também, eles tão com nosso ‘rolê'”, daí o outro partiu para cima do Kennedy, fuçando e jogando as coisas da bolsa dele. Achamos que era uma tentativa de roubo, conseguimos nos soltar e ir para área aberta, quando fui surpreendido com um golpe de “Gravata” e depois meu amigo também. Fiquei um tempo sendo enforcado até que um pessoal conseguiu afastar os agressores (sic)”, contou Almeida em sua página no Facebook. 

Yhes Almeida narra ainda que a segurança da casa de show foi negligente com a situação e chegou a liberar os agressores antes da chegada da guarnição policial.

Acionei a polícia e o chefe da segurança do local, Joel, pediu para eu e Kennedy irmos por um lado e os agressores por outro lado até a viatura chegar. A viatura chegou cerca de 1h depois e, quando acionamos a segurança para trazer os agressores, Joel já os tinha liberado, sem ao menos pegar nome e documento. Fomos agredidos e a Casa ainda acobertou os agressores. Estávamos ali, vulneráveis a qualquer outra agressão, pois depois que a polícia falou com um dos seguranças (Joel sumiu magicamente), fecharam as portas e ficamos na rua(sic)”, expôs Almeida.

O arquiteto e seu amigo irão ingressar com uma ação judicial contra a casa de shows.

Relato de Agressão 
Ontem, eu e meu amigo Kennedy Teixeira estávamos na festa Primavera, Te Amo na Casa das Caldeiras Grátis – convida Di Melo quando fomos atacados por dois rapazes. Um já chegou me segurando com força e falando “pega o outro viadinho também, eles tão com nosso ‘rolê'”, daí o outro partiu para cima do Kennedy, fuçando e jogando as coisas da bolsa dele. Achamos que era uma tentativa de roubo, conseguimos nos soltar e ir para área aberta, quando fui surpreendido com um golpe de “Gravata” e depois meu amigo também. Fiquei um tempo sendo enforcado, até que um pessoal conseguiu afastar os agressores. Uma mulher da segurança chegou e tentou conversar conosco e os agressores, até que chegou Joel (chefe da segurança da Casa das Caldeiras ) com mais dois seguranças. As testemunhas tinham falado sobre a agressão e ele já foi soltando “Isso não foi homofobia”, sem ao menos ter escutado nossa versão.
Acionei a polícia e Joel pediu para eu e Kennedy irmos por um lado e os agressores por outro lado até a viatura chegar. A viatura chegou cerca de 1h depois e, quando acionamos a segurança para trazer os agressores, Joel já os tinha liberado, sem ao menos pegar nome e documento.
Fomos agredidos e a Casa ainda acobertou os agressores. Estávamos ali, vulneráveis a qualquer outra agressão, pois depois que a polícia falou com um dos seguranças (Joel sumiu magicamente), fecharam as portas e ficamos na rua.
Eu e meu amigo já estamos tomando as providências e peço que quem puder compartilhar o relato e/ou tiver alguma forma de ajudar na identificação dos agressores ou testemunhar o ocorrido, faça!
Evitem esse lugar, onde somos agredidos fisicamente e eles neglicenciam nossa segurança e ficam cúmplices da agressão. 

Nota da casa de shows

Aviso

Se você é RACISTA, HOMOFÓBICO OU SEXISTA, PORA FAVOR NÃO ENTRE EM NOSSA PRIMAVERA.

A primavera, te amo em 5 anos jamais contou com nenhuma atitude de preconceito social, racial ou de gênero em suas festas. O que não nos isenta de situações péssimas como o ocorrido no domingo. O caso ocorrido com Yhes Almeida@ e o seu amigo Kennedy Teixeira vem sendo acompanhado pela produção da festa que já falou com Yhes duas vezes pelo telefone e se mostrou disposto para colaborar com a identificação dos agressores e testemunhar em favor para que os responsáveis paguem pelas agressões.

Vamos liberar as fotos da festa em primeira mão para eles para procurarmos essas pessoas. Vamos testemunhar a favor deles em qualquer instância da lei. Assim, tentamos, mesmo que pouco, sanar um pouco da dor que ambos sentiram.

Também contatamos a Casa das Caldeiras para expor o descontentamento nosso perante a essa atitude dos seguranças com o ocorrido, e estamos juntos para que nossos encontros sejam cada vez mais uma oportunidade de boa gente encontrar boa gente, de forma democrática e plural.

Deixamos aqui um canal de comunicação para tratarmos sobre esse assunto. Esperamos muito que isso seja solucionado da melhor forma e que essa situação de vulnerabilidade seja estancada.

David Carneiro
produtor da Primavera, Te Amo.

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