Palmeiras sai atrás, vira, mas sofre empate e cai na semi contra o Boca

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

O jogador Felipe Melo, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Pavón, do CA Boca Juniors, durante partida valida pelas semi finais (volta), da Copa Libertadores, na Arena Allianz Parque.

O Palmeiras chegou à sua primeira semifinal de Copa Libertadores desde 2001, mas parou por aí. Nesta quarta-feira, o Verdão precisava reverter derrota por 2 a 0 na Bombonera, saiu atrás no placar no Allianz Parque, virou, mas viu Benedetto definir o empate por 2 a 2, que classificou o Boca Juniors para enfrentar o River Plate na decisão do torneio sul-americano.

Desde o primeiro minuto, o árbitro Wilmar Roldán mostrou seu estilo de jogo ao deixar de apitar faltas pedidas pelas duas equipes. A impressão era de que o colombiano queria aparecer o menos possível na semifinal, mas já no primeiro tempo, sua participação foi inevitável.

Aos 10 minutos, Deyverson recebeu longo lançamento de Lucas Lima, dominou bem e esperou a passagem de Dudu pela direita. O camisa 7 recebeu na linha de fundo e cruzou rasteiro para Bruno Henrique mandar para as redes.

O gol no início parecia o roteiro perfeito para o Verdão e a festa foi tanta nas arquibancadas que parte dos torcedores nem perceberam a demora para o recomeço do jogo, enquanto Wilmar Roldán recebeia a informação do VAR de que Deyverson estava impedido no início da jogada. Resultado: tento anulado e placar inalterado no Allianz Parque. Mas por pouco tempo.

No ataque seguinte, os argentinos pediram nova intervenção do Vídeo, desta vez para marcar um gol, reclamando que Weverton teria defendido chute de Ábila dentro da meta – o que não ocorreu. Com 17 jogados, porém, o Boca chegou de novo ao ataque e, desta vez, abriu o marcador.

Lucas Lima perdeu bola no meio-campo e ficou reclamando de falta. Jara acionou Villa na direita e Gustavo Gómez foi para a marcação, cobrindo o avanço de Diogo Barbosa. Na zaga, Felipe Melo fez a função do paraguaio. Até aí, tudo perfeito, mas quando a bola foi cruzada na área, Luan cochilou, foi antecipado por Ábila e viu o argentino mandar para o gol.

Com a vantagem no marcador, o Boca ficou confortável em campo e administrou o jogo até o final da etapa inicial. O Alviverde, já sem o entusiasmo dos mais de 40 mil presentes, chegou a quase 60% de posse de bola, e teve duas oportunidades para empatar, mas Mayke pecou na finalização e Rossi impediu um gol contra xeneize.

Wilmar Roldán assinalou apenas três minutos de acréscimo, apesar das diversas paralisações, o que causou a maior manifestação da torcida desde a metade do primeiro tempo. O pensamento de atletas e torcedores já parecia mais no clássico de sábado, contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, do que em marcar os quatro gols necessários para ir à final.

Mesmo assim, Felipão sacou Bruno Henrique e colocou Moisés em campo. A alteração, mantendo Felipe Melo e tirando o camisa 19 melhorou o rendimento do Verdão, mas viria a cobrar seu preço no futuro.

Palmeiras volta para o jogo, pressiona, mas sofre novo castigo
Aos dois minutos, Dudu cruzou e Lucas Lima bateu firme, mas Rossi defendeu. Aos sete, após falta cruzada pelo camisa 20, a zaga do Boca afastou, Deyverson desviou, Felipe Melo ajeitou para a área e Luan, sozinho na direita, encheu o pé para empatar pelo meio das pernas do goleiro argentino.

Mesmo o primeiro dos quatro gols que o Maior Campeão do Brasil precisava marcar não animou o time. A torcida comemorou de forma contida e os atletas apenas correram em direção ao meio-campo. Mas o clima mudou com 13 jogados, quando Dudu sofreu pênalti de Isquierdoz e Gustavo Gómez converteu.

O Allianz Parque voltou a explodir em festa e apoio. Até mesmo o amplificador de sons, iniciativa inédita que na primeira etapa captou gritos de “Vai, Mayke”, “Pra cima, Dudu”, entre outros, voltou a reproduzir as músicas cantadas pelos torcedores.

Em meio ao otimismo, Willian sentiu um problema muscular, fruto do desgaste, e precisou ser substituído por Borja, mas foi do outro lado que, mais uma vez, uma substituição mudou o jogo. Ábila saiu para a entrada de Benedetto, que marcou os dois gols argentinos na Bombonera e, mais uma vez, calou o Verdão.

Foram oito minutos em campo, aos 24, quando os donos da casa pressionavam pelo terceiro gol, que o centroavante foi decisivo. O Boca puxou contra-ataque e Felipe Melo, mantido por Felipão apesar do cartão amarelo, não pôde fazer a falta para evitar uma expulsão. Após troca de passes no ataque, em que Lucas Lima demorou na recomposição, Benedetto recebeu na entrada da área e acertou um chutaço parecido ao que definiu o placar na Bombonera e, nesta quarta, fechou o caixão no Allianz Parque.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 x 2 BOCA JUNIORS

Data: 31 de outubro de 2018, quarta-feira
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia)
Assistentes: Alexander Guzman (Colômbia) e John Alexander Leon (Colômbia)
VAR: Julio Bascuñan (Chile)
Público: 40.299 pagantes
Renda: R$ 3.829.551,24
Cartões amarelos: Luan, Felipe Melo, Deyverson, Gomez (PAL); Ábila, Perez (BOC)
Gols:
PALMEIRAS: Luan, aos 7 minutos do 2º Tempo, Gomez, aos 15 minutos do 2º Tempo
BOCA JUNIORS: Ábila, aos 17 minutos do 1º Tempo, Benedetto, aos 24 minutos do 2º Tempo

PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gomez e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Gustavo Scarpa), Bruno Henrique e Lucas Lima (Moisés); Dudu, Willian (Borja) e Deyverson
Técnico: Felipão

BOCA JUNIORS: Rossi; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nandez, Barrios e Pablo Perez (Gago); Pavon (Zarate), Villa e Abila (Benedetto)
Técnico: Guillermo Schelotto

Fonte: Gazeta Esportiva

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