Acusado de assassinar Silvânio Barbosa diz que matou influenciado pelas drogas

TV Ponta Verde

O réu confesso, Henrique Matheus da Silva Sousa, de 18 anos, acusado de assassinar o vereador Silvânio Barbosa, em setembro deste ano, foi entrevistado pela TV Ponta Verde e contou que cometeu o crime influenciado pelas drogas.

“Eu estava drogado. Algumas partes eu lembrou, outras não. Ele me chamou para sair e no dia eu andava com uma faca, pois  meu patrão disse que lá (Benedito Bentes) era muito perigoso. Chegando lá, ele quis manter relações sexuais e eu não sou destas coisas. Ele pediu para eu ter relações com ele e ia ficar me dando as coisas. Aí eu disse que não queria. Eu tinha tomado um remédio azul que fiquei transformado. Eu comprei este remédio e ele disse que era para ficar acordado a noite toda, como eu gostava do Whatsapp. Já fazia cinco dias que eu tava usando drogas. Para muitos eu sou um monstro, mas fiz isto na força da droga. Pode perguntar na minha cidade (Pombal/PB). Não sou homem de fazer mal a uma formiga”, contou Henrique Matheus, que cumpre pena no Presídio do Agreste.

O acusado também confirmou que o vereador chegou a pedir ajuda após ser esfaqueado. “A briga começou dentro do quarto. Foi onde eu o furei e ele começou a brigar comigo. Ele pediu socorro duas vezes. Eu pedi para que ele ficasse calado que ia embora e só então ele gritaria por ajuda, mas ele veio atrás de mim foi onde o segurei. Então, ele sentou no sofá, ficou lá, pediu água, o travesseiro e o ventilador. Quando o segurei, na minha mente vinha que se ele pedisse socorro naquela hora, não estaria vivo pois seria linchado pelos moradores do condomínio”, relatou.

Henrique Matheus também disse que foi preso após um advogado denunciar na Delegacia de Pombal que o veículo do vereador estava na cidade. “Foi a policia de Pombal que fez a prisão. O carro estava ao lado da casa de um advogado. Ele deve ter visto na televisão o caso e foi me denunciar. Quando estava saindo de casa, os policiais chegaram me chamando pra conversar. Eles perguntaram se eu estava com o carro e se eu sabia que o dono estava morto. Cheguei a dizer que o veículo era do meu tio, mas acabei sendo levado à delegacia”.

O réu disse ainda que foi torturado na delegacia até confessar o homicídio. “Na delegacia chegaram uns caras de fora, colocaram um saco na minha cabeça e começaram a me bater. Falei que não precisava me bater, levantei e contei a historia verdadeira, mas eles disseram que era mentira”, informou.

O réu informou ainda que conheceu Silvânio Barbosa uma semana antes do crime quando vendia cadeiras em frente a um supermercado de Maceió. “Eu estava trabalhando em Maceió vendendo cadeiras em frente ao supermercado quando ele chegou e pediu o meu numero para mandar mensagem para mim com a intenção de que eu enviasse as fotos das cadeiras. Foi daí que me chamou pra sair. Depois disto, só tive contado com ele naquele dia (no dia do crime). Eu soube que ele era vereador pela foto do Whatsapp. Sabia que era poderoso sim”, disse.

Durante seu relato, Henrique também se desculpou com a família de Silvânio Barbosa e contou que sofreu ameaças, mas não especificou de quem. “Eu tô aqui para pedir desculpas a eles (família). Soube que era muito querido na cidade. Peço que todos possam me perdoar. Digo também se for o caso de mandar ferir alguém da minha família, que me fira. Me disseram que no dia que sair daqui ou então aqui mesmo vão mandar me matar”, finalizou.

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