Pânico e “crise psicológica” já se instalaram no bairro do Pinheiro, diz morador

Laudo que determinará a causa e possível solução para a situação do bairro deve sair em Junho

A situação de ansiedade dos moradores do bairro do Pinheiro vem se agravando desde o tremor registrado em março de 2018, que causou rachaduras em diversos imóveis na região, além de criar uma situação de alerta entre moradores e órgãos públicos, que passaram a estudar o fenômeno, no intuito de identificar possíveis causas.

Quase um ano depois, as possíveis causas ainda não foram esclarecidas e a principal queixa de moradores da região é a falta de informações objetivas por parte de fontes oficiais, deixando a situação de pânico causada por boatos em redes sociais ainda maior.

João Urtiga/Alagoas 24 Horas

Uma reunião foi realizada na sede da Prefeitura de Maceió, no bairro do Jaraguá, e reuniu representantes da Defesa Civil no âmbito municipal, estadual e nacional, engenheiros, além dos demais órgãos responsáveis e moradores com o objetivo de apresentar o andamento dos trabalhos à população sobre o fenômeno que envolve o bairro.  Presente no local, o morador do Pinheiro, Cícero Santana, que reside no local há mais de 40 anos, afirma que nunca se deparou com a situação tão grave. “Nunca tinha percebido nada tão extremo como o que houve de março de 2018 até hoje. O que as pessoas querem é que os responsáveis resolvam o problema. Além disso, as informações têm que ser passadas para a população para evitar essa crise psicológica” disse.

João Urtiga/Alagoas 24 Horas

Do lado de fora da sede, moradores se reuniram para protestar e pressionar as entidades públicas a darem uma posição oficial. A principal dúvida é se eles devem ou não deixar os imóveis que apresentam rachaduras. A dona Rosângela morava com a filha e a neta no bairro e classifica a situação como “revoltante”. “Tinha minha casa própria e de repente tive que sair porque com toda essa situação eu fiquei com medo. Desde o tremor, cada vez que eu vou na casa eu vejo mais rachaduras”, explica.

João Urtiga/Alagoas 24 Horas

Dona Rosângela morava com a filha e a neta no bairro do Pinheiro

A expectativa é de que o laudo final, que determinará a causa e uma possível solução para a situação no bairro do Pinheiro seja concluído no mês de junho. Os órgãos são unânimes na afirmação de que o fenômeno é raro e vai demandar uma intensa análise de dados que, segundo eles, já vem sendo feita desde o tremor registrado em março de 2018.

Além da angústia vivida por moradores de uma possível catástrofe no local, a grande quantidade de boatos também prejudica o setor imobiliário, já que, mesmo diante da situação, ainda há prédios sendo construídos no bairro.

Das 499 localizadas na área vermelha de risco, 50% já teriam sido evacuadas, ou per decisão do próprio morador ou pelo setor público.

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