Administrador simulou a própria morte e PC descobre esquema de agiotagem

João Urtiga / AL24H

Delegado Thiago Prado

Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (30), na sala de situação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado Thiago Prado confirmou que o administrador Jaetts Ferreira Júnior simulou a própria morte juntamente com um suposto pistoleiro para fugir da emboscada encomendada pela esposa Suely Morais Amaral e pelo enteado Igor Amaral Casado.

O delegado relatou que a morte de Jaetts foi encomendada no final do ano passado e que o pistoleiro – identificado apenas como João – contratado para executar o crime – revelou todo o esquema à vítima, que simulou a própria morte e fugiu para fora de Alagoas.

“Suely nos contou em depoimento que passou a pressionar o pistoleiro para matar Jaetts, já que o acerto estava feito desde dezembro. Inclusive, citando o grupo dos Boiadeiros, que poderia realizar o serviço, caso João não fizesse. Após saber do plano pelo próprio executor, Jaetts simulou a sua morte e fugiu para Pernambuco. Na última quinta-feira (24), o contratado chegou ao hall do prédio onde a vítima e autora moravam e contou que o serviço havia sido feito. Informou que o corpo de Jaetts estava nas canas em Marechal Deodoro e que a vítima teria sido executada. Apresentou também uma agenda que pertencia a vítima”, revelou o delegado.

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Em depoimento, Suely disse ainda que estava em um processo de separação com Jaetts e que o mesmo não a estava tratando bem. Ela passou a contratar João para efetuar cobranças de juros, já que ela e Igor praticavam agiotagem. A suspeita, então, ofereceu ao encarregado uma quantia de R$ 30 mil para assassinar Jaetts.

Thiago Prado informou ainda que o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil através de um boletim de ocorrência registrado pela própria Suely, informando o suposto sequestro do marido.

“Um boletim de ocorrência formulado pela Suely Amaral, que informava o sequestro de Jaetts Ferreira Júnior e que ele estava sumido há 24 horas em uma empresa localizada no Polo Industrial. Nós começamos a buscar imagens de monitoramento e observamos incongruências pelo que era relatado e os fatos da maneira que ocorreu. Diziam que o rapaz tinha sumido em um Chevrolet Kadett de cor verde e que uma BMW estava em uma oficina. No final de semana a verdade apareceu. Tivemos acesso a um familiar da vítima, que informou que ele estava bem e que tinha simulado a morte pois soube de um plano de Igor e Suely para matá-lo”, continuou.

Com o decorrer da investigação, a PC descobriu o esquema de agiotagem de Suely e conseguiu um decreto de prisão temporária da suspeita. Na ocasião, os agentes deflagraram a Operação Viúva Negra e durante buscas na residência dos suspeitos, encontraram um revólver que pertencia a Igor, que também foi preso por posse ilegal de arma de fogo.

O delegado do caso informou ainda que João tem sido considerado um colaborador do caso e não foi preso. O suposto pistoleiro não tem antecedentes criminais.

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