Pinheiro: Senador Rodrigo Cunha cobra elaboração de novo plano de evacuação

Parlamentar frisou a importância da ação ser tomada antes do início das chuvas

Déborah Moraes / Alagoas24Horas

Senador Rodrigo Cunha

Em Alagoas, após a realização da audiência pública feita na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização, Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), o senador Rodrigo Cunha – proponente do encontro que durou mais de dez horas e reuniu representantes de diversas esferas – ressaltou a importância de se elaborar um novo plano de evacuação para os moradores do bairro do Pinheiro, com urgência. O parlamentar esteve na tarde de hoje, 22, participando de um seminário na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL).

Segundo o parlamentar, o primeiro plano apresentado no início do ano, sobre o qual foi realizado um simulado de evacuação no último dia 16 de fevereiro, já está defasado devido a velocidade com a qual o problema que atinge o bairro progride. “Hoje, os pontos apontados como seguros naquele plano, já não são mais. Ontem, inclusive, esta foi uma das minhas solicitações”, explicou.

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Ainda se referindo ao encontro de ontem (21), no qual o tenente coronel Moisés Melo, da Defesa Civil estadual, disse que não há mais divisão entre áreas laranjas e amarelas, mas que todas devem ser consideradas como áreas vermelhas, Cunha alertou para a necessidade de agilidade na elaboração do plano antes que as chuvas mais fortes previstas durante a quadra chuvosa para terem início na segunda quinzena de abril, caiam.

“Há um mês a recomendação era de que as pessoas das áreas laranjas e amarelas saíssem de suas residências caso as chuvas atingissem 80 milímetros. Hoje essa recomendação é para caso de chuvas de 30 milímetros. Isto é alarmante”, disse.

Ainda se debruçando sobre o tema, o senador afirmou que o principal motivo de sua mobilização junto à todos os agentes que podem contribuir com a situação é preservar vidas e evitar que uma catástrofe aconteça. “Ficou muito claro que a situação não está estabilizada e que a cada dia ela se agrava. Técnicos mostraram que o aprofundamento do solo naquela região está ocorrendo sessenta vezes mais rápido do que ocorre normalmente”, frisou.

E continuou: “Nós não temos a cultura de trabalhar preventivamente. Esta é uma grande oportunidade de Alagoas dar exemplo. Criar uma rede de comunicação eficiente entre união, estado, município. Retirar as pessoas daquela região, sem danos às suas vidas e sem prejuízos, identificando o responsável, providenciando uma indenização, se for o caso. E no futuro, determinar, se o engenheiros conseguirem reverter o quadro, que elas podem voltar, ou que aquela região se tornou inabitável”.

Déborah Moraes / Alagoas24Horas

O senador Rodrigo Cunha estive na tarde de hoje (22), na sede da OAB/AL, para participar de seminário sobre direito do consumidor

Comitê Central de Crise

Uma das alternativas apontadas pelo senador foi a criação de um Comitê Central de Crise para lidar com o caso. “Já existe grupos de trabalhos na união, da prefeitura, estado. O que faltava era eles se comunicarem. Ontem no nosso encontro o representante do Ministério de Desenvolvimento Regional, do lado do representante da Defesa Civil do município, já deixou claro que há recursos para atender novas demandas. Este comitê deve fazer exatamente isto, dar celeridade às decisões”, explicou.

“É importante sim as pessoas saírem daquela área, mas saírem de que forma? Saírem para onde? Saber se há crianças, idosos… Ter o apoio do conselho tutelar… Incluir, inclusive a imprensa que tem fundamental papel de porta voz”, concluiu.

OAB

Rodrigo Cunha acentuou também a importância de frisar parcerias, como a OAB/AL. Junto com o senador, o presidente da seccional Alagoas, Nivaldo Barbosa disse que o órgão está à disposição e empenhado em ajudar na resolução do caso.

“A OAB não tem poder fiscalizatório, mas já nos reunimos com representantes do Município, Estado, Ministério Público, Defesa Civil… Temos cobrado transparência e humanização no tratamento destas pessoas. Estamos disponíveis para trabalhar junto com o município numa base que deve ser instalada no local, com comissões de direitos humanos e direitos imobiliários”, explicou.

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