Apreensão de drogas e armas revela esquema de tráfico comandado de dentro de presídio

Déborah Moraes / AL24H

Material apreendido

Na noite desta quinta-feira (16) a apreensão de 9kg de cocaína e de 1,5 kg de crack, no bairro do Tabuleiro do Martins, revelou um esquema de tráfico de drogas comandado de dentro do sistema prisional do estado de Alagoas. A prisão fez parte de uma operação desencadeada há dois meses pela Divisão de Narcotráficos (Dnarc).

Joseph Alisson da Silva, de 24 anos, foi preso no conjunto Cleto Marques Luz em posse de um quilo de crack, por militares do 5º BPM, que executavam a operação Comandos na região. Aos policiais ele revelou que escondia mais drogas em um sítio no Distrito Industrial.

No endereço informado os policiais encontraram mais 9,5 kg de cocaína e 0,5 de crack e duas pistolas – uma .40 e uma 9 mm – enterrados.

Em entrevista coletiva realizada na sede da SSP o delegado coordenador da Dnarc, Gustavo Henrique, explicou que a apreensão está relacionada a outras duas apreensões realizadas nos últimos 15 dias em Arapiraca e São Sebastião, onde também funcionariam “laboratórios de drogas” e outras pequenas ações na Capital e já soma mais de 36kg de drogas apreendidos, quantidade maior que toda a cocaína apreendida em 2018 no Estado.

Déborah Moraes / AL24H

Entrevista Coletiva

Henrique disse ainda que os trabalhos investigativos da operação, que acontece de forma integrada com a Polícia Militar (PM/AL), demonstrou ainda que todos os envolvidos presos até agora tinham apenas a função de gerenciamento, guarda e distribuição do material ilícito e que o comando do esquema criminoso é feito por um presidiário –  que não terá a identidade revelada para não atrapalhar as investigações – ligado à uma facção criminosa.

“Nós identificamos que este elemento que já está no sistema prisional, inclusive há muito tempo, comandava a distribuição desta droga, que acreditamos fazer parte do mesmo carregamento de pasta base, que já foi refinada aqui no estado”, explicou o delegado.

O delegado ressaltou também que a pasta base encontrada não é produzida no Brasil, o que demonstraria que Alagoas já é visada pelo tráfico internacional, além de que esta nova quantidade de drogas está avaliada entre R$ 215 mil à R$ 550 mil.

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Os responsáveis pelas drogas apreendidas na cidade de Arapiraca já foram identificados, mas também não serão revelados. E os inquéritos das apreensões das drogas serão unificados para fechar um só procedimento, comentou o delegado.

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