Cruzeiro elimina o Fluminense na Copa do Brasil

Os auxiliares do árbitro de vídeo tiveram bastante trabalho na noite desta quarta-feira, no duelo entre Cruzeiro e Fluminense, no Mineirão. No fim das contas, a Raposa se classificou para as quartas de final da competição ao vencer o Tricolor nos pênaltis, por 3 a 1, após 2 a 2 no tempo regulamentar.

A classificação foi conquistada com o auxílio do VAR, que corrigiu erros que aconteceriam caso a tecnologia não fosse utilizada. No primeiro tempo, o Fluminense só conseguiu seu gol após a utilização do vídeo. Durante toda a etapa inicial, o Tricolor teve melhor comportamento em campo. Já no segundo tempo, o Cruzeiro chegou ao empate com Thiago Neves e depois teve um pênalti desperdiçado por Sassá. Em outro momento, novamente com o VAR participando, o camisa 10 dos donos da casa teve pênalti para cobrar e marcou, porém, no finalzinho, o garoto João Pedro empatou com um golaço de bicicleta, forçando a decisão na marca da cal.

Nos pênaltis, as três primeiras cobranças foram erradas. No fim, o goleiro Fábio conseguiu fazer defesas e os Tricolores falharam nas cobranças, dando a classificação para o Cruzeiro.

A Raposa agora espera o Corinthians, no Mineirão, no sábado, às 19h (de Brasília), em confronto válido pelo Campeonato Brasileiro. Já o Fluminense tem o clássico contra o Flamengo, no domingo, às 19h, no Maracanã.

Primeiro tempo

O Cruzeiro entrou em campo com sua escalação modificada. A equipe perdeu Egídio, com uma virose, não teve condições de atuar e deixou a posição para Dodô. Na direita, Lucas Romero segue na equipe já que os nomes da posição estão contundidos. Já o Fluminense entrou no Mineirão com uma série de desfalques, mais de 10 jogadores não chegaram a Belo Horizonte por diversos motivos.

O duelo iniciou e o Fluminense, desde o primeiro minuto, começou a impor seu estilo de jogo. O jeito Fernando Diniz de jogar, bastante característico, seja jogando no Rio de Janeiro ou em Belo Horizonte. Os primeiros cinco minutos foram de trocas de passes do Tricolor. Só isso. A Raposa corria atrás, fechava espaços, tentava recuperar, criar, mas não conseguia. O time carioca ia para frente, voltava com a bola, girava pela direita, pela esquerda, pensando o jogo com uma cautela pouco vista em uma decisão de Copa do Brasil.

Às vezes parecia que o Fluminense tinha 22 jogadores em campo e o Cruzeiro apenas com 11. A Raposa não ficava com a bola, não conseguia criar nada. O Tricolor trocava passes e quando qualquer problema acontecia, o time do Rio de Janeiro recuperava a bola com rapidez, fruto das intensas triangulações que sempre deixava alguém na sobra caso a redonda fosse perdida.

Aos 7, o Fluminense chegou com perigo contra a meta do Cruzeiro. O zagueiro Dedé, estabanado, pegou mais o atacante do que a bola e acabou fazendo o pênalti. A jogada seguiu até que o árbitro fosse avisado pelo árbitro de vídeo que houve uma irregularidade. Após análise, a infração foi confirmada. Na cobrança, dois minutos seguintes, Ganso bateu e o goleiro Fábio pegou. No rebote, Luciano jogou para dentro.

O VAR, no entanto, precisou ser utilizado novamente. Os jogadores do Cruzeiro argumentavam que o atacante teria utilizado a mão direita para mandar para dentro do gol. Mas o que o juiz foi avisado é que os jogadores invadiram a área. Nova cobrança.

Aos 14, a nova batida de Ganso foi do mesmo lado. O arqueiro celeste decidiu mudar o canto de cair e viu a bola entrar no lado oposto.

Após o gol, o Cruzeiro tentou pressionar. Não conseguia. O Fluminense pegava a bola e trocava passes. E isso fazia os jogadores da Raposa perderem a paciência. Com isso, a marcação avançava, na ansiedade de roubar a bola, e sobravam espaços na defesa. Era um jogo que se encaixava.

Aos 19, Luciano recebeu a bola na direita, e fez um cruzamento. A bola, no entanto, tomou a direção do gol e deu muito trabalho ao goleiro Fábio que precisou se esticar todo para tirar a bola.

Aos 23, em cobrança de escanteio para o Cruzeiro, Agenor saiu do gol e acertou o zagueiro Dedé. Todos pediram pênalti, mas o árbitro não viu irregularidade. Aos 27, o atacante Fred sentiu dores na coxa direita e saiu para a entrada de Sassá.

O Fluminense seguia com seu estilo de jogo que tirava a paciência dos jogadores cruzeirenses.

Segundo tempo

O Cruzeiro voltou para o tudo ou nada. O técnico Mano Menezes tirou Marquinhos Gabriel e colocou Pedro Rocha. A equipe jogava em casa, tinha o apoio de seu torcedor e o resultado era ruim. Não tinha o que fazer. Era pressionar, tentar de tudo. E a Raposa foi para cima.

Aos 6, o meia Thiago Neves recebeu em ótimas condições na frente e chutou com a perna direita. A bola tirou tinta da trave.

Aos 13 a Raposa empatou. Em cobrança de escanteio, a bola é desviada por Dedé e sobra para Cabral que colocou a bola na pequena área onde estava Thiago Neves que mandou a bola no fundo das redes.

O Cruzeiro adiantou a marcação, estava pressionando no ataque e isso dificultava bastante à vida do Fluminense que não conseguia sair com tanta qualidade. O goleiro Agenor começou a dar chutões e irritava o técnico Fernando Diniz.

Aos 19, em bola aberta para Pedro Rocha, o atacante entra na área e o árbitro marca o pênalti. Ele nem consultou o VAR. Na cobrança, Sassá enfeita muito e perde, em ótima defesa de Agenor.

Aos 32, Lucas Romero caiu na área. O árbitro mandou o jogo seguir, mas foi alertado pelo VAR. Após muito tempo, o juiz marcou a penalidade. Mano Menezes deu o comando para Thiago Neves fazer a cobrança, já que Sassá já tinha perdido um, causando a ira do atacante cruzeirense. Na cobrança, Thiago Neves mandou no meio do gol.

O Fluminense partiu para o ataque. Da mesma maneira, como aconteceu durante a partida, trocando passes sem parar, mas sendo um pouco mais agressivo.

Aos 39, em desvio de cabeça após cobrança de escanteio, Fábio se esticou todo e conseguiu defender. Minutos depois, em novo cruzamento na área, Ganso colocou no cantinho, mas o arqueiro celeste novamente conseguiu pegar. Após o lance, o meia Tricolor foi até o camisa 1 cruzeirense e parabenizou pelo lance.

No último minuto o Fluminense conseguiu empatar. Em lançamento na área, João Pedro deu uma bela bicicleta e igualou a contagem. O gol levou a decisão para os pênaltis.

Pênaltis

Lucas Silva – perdeu
Ganso – Perdeu
Lucas Romero – Perdeu
Caio Henrique – Gol
Pedro Rocha – Gol
João Pedro – Perdeu
Sassá – Gol
Gilberto – Perdeu
Thiago Neves – Gol

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 2 (3) X (1) 2 FLUMINENSE

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 5 de junho de 2019 (Quarta-feira)
Horário: 19h15 (de Brasília)
Árbitro: Rafael Traci (SC)
Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Carlos Berkenbrock (SC)

Gols: Ganso, aos 14 do primeiro tempo, João Pedro, aos 51 do segundo tempo (Fluminense); Thiago Neves, aos 13 e aos 35 do segundo tempo (Cruzeiro)
Cartões amarelos: Henrique, Robinho, Sassá (Cruzeiro); Daniel, Luciano (Fluminense)

CRUZEIRO: Fábio, Lucas Romero, Léo, Dedé, Egídio e Henrique; Ariel Cabral (Lucas Silva), Thiago Neves, Robinho e Marquinhos Gabriel (Pedro Rocha); Fred (Sassá)
Técnico: Mano Menezes

FLUMINENSE: Agenor, Gilberto, Nino (Miguel), Frazan (Mascarenhas), Caio Henrique, Allan, Daniel, Ganso, Luciano, Brenner (Ewandro), João Pedro.
Técnico: Fernando Diniz

Fonte: Gazeta Esportiva

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