Jogadora Marta grava vídeo em apoio à greve dos jornalistas de Alagoas

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Jogadora Marta

A atacante da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, Marta Vieira, gravou um vídeo, diretamente de Orlando, nos Estados Unidos, em apoio aos jornalistas alagoanos, que estão em greve há oito dias contra a proposta apresentada pelas emissoras de televisão do estado de reduzir os salários da categoria em 40%.

No vídeo, Marta, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, disse que estava acompanhando a situação e se solidarizava com os profissionais do estado. “Fala meus amigos jornalistas de Alagoas. Estou aqui de longe, mas acompanhando toda a situação que está acontecendo aí. Estamos juntos nessa. Apoio total a todos vocês. A gente sabe da importância do profissional para a nossa sociedade. Em nome dos amigos, que eu conheço, estamos juntos nessa. Abraço a todos”, disse a futebolista. 

Após dois longos meses de inúmeras tentativas de conciliação entre os jornalistas de Alagoas e representantes dos três maiores grupos de comunicação de Alagoas – Organização Arnon de Mello (OAM) (TV Gazeta, Gazetaweb, TV Mar e G1) , Pajuçara Sistema de Comunicação (TV Pajuçara e TNH1) e Grupo Opinião ( TV Ponta Verde e OP9) – 90% dos profissionais decidiram aderir à greve.

A mobilização teve início por volta das 3h30 da terça-feira, 25, em  frente da TV Gazeta, filiada à rede Globo. Em seguida, os piquetes aconteceram nas demais empresas (Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM), filiada à TV Record, ambas no bairro do Farol, e na TV Ponta Verde, do Grupo Opinião, filiada ao SBT, no bairro do Jacintinho). De forma pacífica, com faixas, cartazes e gritando palavras de ordem, os manifestantes, deixaram claro que não aceitariam a proposta de redução de 40% nos salários, mas se mantinham abertos a uma negociação.

Na quinta-feira, 27, houve uma nova rodada de negociação entre a classe patronal e os profissionais com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Contudo, as empresas apresentou uma nova proposta. Seria a criação de três níveis salariais, que só seria apresentada pelas empresas após 30 dias de “estudo de viabilidade”, e a estabilidade de seis meses (até 25 de dezembro) para os trabalhadores.

Para os jornalistas, a proposta representa ainda uma redução salarial uma vez que há a especulação de que o piso atual seria o teto. Além disso, os profissionais que já estão contratados poderão ser demitidos já no próximo Natal para a contratação de novos jornalistas com os pisos menores. 

Após análise da proposta, os trabalhadores decidiram, em assembleia geral, pela permanência da greve e aguardam agora o julgamento do dissídio coletivo que deve ser apreciado esta semana pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). 

 

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