Filho de Flordelis é transferido de Benfica para presídio de Bangu

Extra

Flávio dos Santos Rodrigues, réu pela morte do pai adotivo, o pastor Anderson do Carmo, foi transferido na noite desta sexta-feira da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica — onde dividia uma cela com o irmão Lucas Cezar dos Santos de Souza, que também será julgado pelo homicídio — para a penitenciária Bandeira Stampa, também conhecida como Bangu 9, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Nesta sexta-feira, a denúncia do Ministério Público contra os dois irmãos pela morte de Anderson foi acolhida pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Niterói. Flávio e Lucas responderão pelo crime de homicídio duplamente qualificado (mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe, e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido). Flávio também virou réu pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, já que a pistola usada no crime — segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí — pertencia a ele. Na decisão que aceitou a denúncia, a magistrada também decretou a prisão preventiva dos dois, ou seja, Flávio e Lucas poderão ficar presos até o fim da instrução do processo.

Flávio se declarou neutro — ou seja, sem envolvimento com qualquer das facções do tráfico — e por isso foi transferido para Bangu 9, um presídio dividido por presos sem ligação com facções e milicianos. Já Lucas, que continua na cadeia pública em Benfica, pode ser transferido para um presídio neste fim de semana ou na segunda-feira.

‘Intranquilidade coletiva’

Na decisão que acolheu a denúncia, a juíza Nearis dos Santos afirma que a prisão preventiva é necessária “porque os delitos a eles (Flávio e Lucas) atribuídos são daqueles que justificam a segregação cautelar em razão de sua repercussão no caso concreto, em face da efetiva intranquilidade coletiva gerada no seio da comunidade, eis que os delitos perpetrados pelos agentes, invariavelmente, geram lesão à Ordem Pública e à Paz Social”.

A magistrada justifica ter tornado Flávio e Lucas réus dizendo que “de acordo com os elementos probantes produzidos até o momento, há fundadas razões (fumus boni juris) que façam presumir que os acusados sejam os autores do delito cometido”.

Boatos de caso entre o pastor e filha de Flordelis

A mãe do pastor Anderson do Carmo, Maria Edna do Carmo, revelou, em depoimento à Polícia Civil, que havia boatos de que seu filho estava tendo um caso com Simone dos Santos, uma das filhas biológicas da pastora Flordelis dos Santos de Souza, de um relacionamento anterior da deputada federal. Maria Edna relatou ainda que soube da informação por um frequentador da igreja de Flordelis e Anderson. Ela foi ouvida por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo no dia 24 de julho.

Edna afirmou que o mesmo fiel que lhe relatou o boato perguntou se o seu filho estava se separando de Flordelis. A mãe do pastor contou também que o discurso da pastora havia mudado e em suas pregações, ela vinha dizendo que “o diabo havia entrado em sua família”. Maria Edna revelou ainda que Anderson já havia se relacionado com Simone na adolescência, antes de namorar com Flordelis. Ela contou que Flordelis acompanhou sua gravidez de Anderson, tendo convivido com o filho durante a sua infância.

Nesta sexta-feira, a deputada utilizou as suas redes sociais para homenagear o marido assassinado. Na mensagem, ela afirma que os dois eram mais do que “marido e mulher”, eram “amigos”. A postagem foi feita nesta sexta-feira, na página do Facebook da deputada.

Trinta marcas de tiro

O pastor Anderson foi morto a tiros na madrugada do dia 16 de junho deste ano, na casa da família em Pendotiba, Niterói. Flávio confessou à polícia ter atirado contra a vítima, que era seu padrasto. O rapaz é filho biológico apenas de Flordelis. Ele admitiu ter dado apenas seis disparos, mas o corpo do pastor tinha 30 marcas de perfuração. Lucas sempre negou participação no crime.

Fonte: Extra

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