Protesto deixa trânsito parado nos dois sentidos da Av. Fernandes Lima

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Os números ainda não são oficiais, mas há pelo menos cinco mil pessoas participando do protesto que bloqueou os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, no final da tarde desta sexta-feira, 23. A manifestação está sendo encabeçada por moradores dos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange, que tiveram suas moradias atingidas por rachaduras, desde o ano passado.

Os manifestantes se concentraram inicialmente nos seus bairros de origem, onde realizaram os primeiros bloqueios, a exemplo da Marquês de Abrantes, principal via de acesso ao bairro de Bebedouro; em frente a igreja Menino Jesus de Praga, no Pinheiro; e no sonar da Braskem, no bairro do Mutange. E no início da noite os moradores dos três bairros unificaram o protesto, bloqueando a Fernandes Lima, no cruzamento com a Rua Tereza de Azevedo e também no cruzamento com a Avenida Rotary.

No local, carros de som, pessoas com rostos pintados, segurando cartazes e cruzes; e até um caixão está sendo carregado pelos manifestantes para representar a situação caótica que estão vivendo desde que o problema eclodiu na região que compreende os três bairros.

O líder do movimento SOS Pinheiro, Geraldo Vasconcelos, disse em entrevista à imprensa que a intenção é sensibilizar e chamar a atenção das autoridades das estâncias superiores: “O STF, em um momento de pouca lucidez, desbloqueou os recursos [da Braskem] que o Tribunal de Justiça havia bloqueado impedindo que se fizesse a indenização de toda esta gente sofrida que está sem casa, que está sem sossego, que está sem vida. Pessoas estão morrendo e a Justiça Federal precisa entender e se sensibilizar”, disse.

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Movimentação na Av. Fernandes Lima

A respeito da decisão que tirou da Justiça Estadual o poder de análise e de tomada de decisões sobre esta situação, Vasconcelos lamentou e lembrou a interrupção do cronograma elaborado: “Já existia um cronograma feita pelo Tribunal e as pessoas acabaram levando um banho de água fria porque até as avaliações dos imóveis que já estavam sendo feitas foram interrompidas”.

Geraldo Vasconcelos disse ainda que em reunião realizada nesta quinta-feira (22) com representantes do Gabinete Civil do Governo Estadual, foi pedido ao menos a liberação dos recursos necessários para finalização das avaliações, uma quantia estimada em R$ 2,5 milhões.

Uma equipe do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar está no local, garantindo que o movimento mantenha o acordo estabelecido previamente em reunião realizada ontem, com representantes dos moradores e também da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito. Outras equipes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros também acompanham o protesto.

O Alagoas 24 Horas aguarda pronunciamento da Braskem sobre o protesto.

 

 

 

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