O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial brasileira, ficou em 0,70% em fevereiro, informou o IBGE nesta sexta-feira. No acumulado em 12 meses, a alta é de 5,65%. Em janeiro, o indicador havia desacelerado para 0,67%, influenciado pelo queda nos preços das passagens aéreas. A trégua da alta de preços se confirmou no IPCA fechado daquele mês, que ficou em 0,55%.
O grupo Educação teve o maior peso no índice, respondendo por 0,27 ponto percentual – registrando alta de 6,05%. O principal responsável para o aumento dos preços no grupo foi o reajuste nas mensalidades praticados no início do ano (alta de 7,65%). Com exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões os preços ficaram mais elevados entre 3,44%, registrados na região metropolitana de Porto Alegre, e os 11,72% do Rio de Janeiro.
Já nos grupos de consumo que tiveram quedas em seus valores, destaque para vestuário (de 0,59% em janeiro para -0,68% em fevereiro) e transporte (de 0,43% para -0,09%). As passagens aéreas, que pertencem ao grupo transporte, apresentou queda de -20,36%, exercendo o mais forte impacto para baixo no IPCA-15 do mês, com -0,11 ponto percentual.
No grupo alimentação, produtos presentes na cesta básica ficaram mais baratos em fevereiro: tomate (-5,60%), leite (-5,60) e feijão carioca (-4,27%). No âmbito geral, o grupo registrou alta inflacionária de 0,52%, ante 0,96% em janeiro.
Em 2013, a inflação acumulou alta de 5,91%, acima do centro da meta do governo (de 4,5%, com teto de 6,5%) e também superior à registrada no ano anterior, de 5,84%. No ano passado, o grupo de alimentos foi o principal responsável pela aceleração do índice, contribuindo com 2,03 ponto percentual do resultado.
Economistas do mercado financeiro esperam que o IPCA feche o ano de 2014 acumulado em 5,93%, segundo a mais recente pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central na última segunda-feira.