Delegada de SE chega a Maceió e investiga aliciamento de crianças

Alagoas24horasConselheiros não foram autrorizados a participar da audiência com delegada de Aracaju

Conselheiros não foram autrorizados a participar da audiência com delegada de Aracaju

A delegada Mariana Amorim, de Itaporanga D’Ajuda, em Sergipe, está em Maceió nesta quinta-feira (31) para acompanhar a denúncia de aliciamento e abuso sexual de menores naturais de Alagoas. São quatro crianças entre 5 e 10 anos de idade e que teriam sido alvo de um suposta rede de pedofilia que funcionava na cidade sergipana.

De acordo com a Polícia Civil alagoana, a delegada está na cidade para ouvir pessoalmente as crianças e dar seguimento às investigações que acontecem em Sergipe. Em sua equipe, um conselheiro tutelar e um psicólogo também estão em Maceió.

Mariana Amorim foi até a Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente, no Jacintinho, ainda na manhã de hoje para ouvi-las e conversar também com a delegada Rosimeire Vieira, titular da especializada em Maceió. A equipe de reportagem do Alagoas 24 Horas tentou entrar em contato com a delegada momentos antes de iniciar a reunião para comentar o caso, mas a mesma preferiu não se pronunciar.

O conselheiro tutelar Fernando Silva, que acompanhou de perto a denúncia movida pelo pai das vítimas, também esteve presente na delegacia. Ele disse ter ficado intrigado com o fato de não ter sido autorizado a acompanhar a reunião já que o caso teria começado em Alagoas. “Ela [a delegada] trouxe pessoas que não conhecem o fato, e impediu a minha entrada. Então acho complicado, já que não entendo por quais motivos”, disse Fernando.

Ainda de acordo com o conselheiro, o caso é antigo, de agosto de 2013, quando a denúncia teria sido entregue à Secretaria de Segurança de Sergipe. “De lá pra cá eles não fizeram nada, mas não foi culpa da polícia daqui que fez tudo certo. Fica aí o mistério”, afirmou.

O conselheiro disse ainda que o laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML), na época, teria constatado que as meninas sofreram “atos libidinosos”. “O mesmo laudo que tive acesso a delegada teve também”, garante o conselheiro. A delegada afirmou em Sergipe, no último dia 29, que o laudo não apontava conjunção carnal e, portanto, não poderia ser caracterizado o abuso sexual.

Fernando revelou ainda à reportagem que as crianças teriam reconhecido por foto alguns dos acusados no crime. A polícia sergipana teria adotado uma linha de investigação tomando como base o depoimento da mãe das filhas que acusa o pai do crime.

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