Pouco depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciar que as novas eleições presidenciais serão realizadas no dia 14 de abril, o governo chavista já iniciou a mobilização para colocar o presidente em exercício, Nicolás Maduro, na disputa. Na noite de sábado, o deputado Pedro Carreño, líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) na Assembleia Nacional e ex-ministro do Interior, afirmou que a legenda governista prepara uma grande mobilização para o lançamento da candidatura de Maduro na segunda-feira.
“Nesta segunda-feira, grande manifestação no CNE em Caracas. Inscrição de Nicolás Maduro às 9 a.m. (12h no horário de Brasília). Viva Chávez, a luta segue!”, escreveu em seu Twitter.
Segundo versões extraoficiais, haverá ainda uma passeata partindo de diversos pontos da capital. O ato vai culminar na Praça Diego Ibarra, tradicional reduto chavista na capital venezuelana.
Maduro, um ex-líder sindical que serviu como ministro das Relações Exteriores e vice-presidente sob o comando de Chávez, prometeu manter a revolução viva. Ele vai enfrentar a oposição de Henrique Capriles, o governador do estado de Miranda estado que perdeu para Chávez em uma votação em outubro passado e que confirmou estar na disputa através do secretário-executivo da Mesa de Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, também neste sábado.
A MUD é a coalizão que reúne os partidos de oposição da Venezuela.
No Twitter, Capriles agradeceu a proposta de ser o candidato da oposição mas até agora não confirmou que a aceitaria. "Estou analisando a declaração da presidente da CNE e nas próximas horas comunicarei ao país minha decisão", escreveu em sua conta na rede social.