Brasil e Argentina acertam cooperação nuclear

Venezuelano Nicolás Maduro fará seu 1º giro pelo Mercosul esta semana.

Manoel Marques/VejaObras da Usina Nuclear de Angra 3, Angra dos Reis, Rio de Janeiro

Obras da Usina Nuclear de Angra 3, Angra dos Reis, Rio de Janeiro

Brasil e Argentina firmarão nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, um contrato para que engenheiros argentinos cooperem na construção de um reator nuclear brasileiro, informou o governo em Buenos Aires neste domingo. O custo da assistência será de 60 milhões de pesos (cerca de 11 milhões de dólares), segundo o site do governo argentino.

"Com base nos acordos bilaterais, o Brasil contratará para trabalhos de engenharia a empresa estatal atômica argentina INVAP para construir um reator brasileiro". A iniciativa tem origem em uma declaração conjunta firmada pelos presidentes Cristina Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro de 2008.

O plano de cooperação bilateral inclui, ainda, a construção de um reator "gêmeo" na Argentina. Brasil e Argentina utilizam a energia atômica para fins pacíficos e integram o tratado de não proliferação que declara a região livre de armas nucleares.

Venezuela – Também nesta segunda-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, viajará para Brasil, Uruguai e Argentina para reforçar a cooperação com os três países associados à Venezuela no Mercosul, informou o próprio no domingo. "Vamos sair para um giro de três dias pelo Mercosul", disse Maduro.

Na terça-feira Maduro se encontrará com o presidente do Uruguai, José Mujica, na quarta viajará a Buenos Aires para conversar com a argentina Cristina Kirchner e, na quinta, será recebido em Brasília por Dilma Rousseff. "Um giro pelo Mercosul para ratificar o caminho da integração profunda com Uruguai, Argentina e Brasil, para seguir completando a equação perfeita de integração energética, econômica e financeira", destacou Maduro.

Esta será a primeira viagem internacional de Maduro, que tomou posse no dia 19 de abril como presidente constitucional da Venezuela após eleições extraordinárias devido à morte de Hugo Chávez. Maduro venceu o líder opositor, Henrique Capriles, por uma diferença de apenas 240.000 votos, em uma votação marcada por denúncias de fraude. A oposição impugnou na quinta-feira os resultados da eleição junto ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), alegando "subornos, violência e fraudes" em todo o processo.

Fonte: Veja

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos