Confusão entre advogado e agente penitenciário termina em polícia

AL 24hDiego Mousinho (à direita da foto) com advogados na Central de Flagrantes

Diego Mousinho (à direita da foto) com advogados na Central de Flagrantes

Um desentendimento entre um advogado e um agente penitenciário terminou em confusão e foi parar na Central de Flagrantes, na tarde desta sexta-feira (13).

De acordo com o advogado Diego Mousinho, a confusão teve início quando foi ao Presídio Cyridião Durval conversar com dois clientes. O agente penitenciário até levou o primeiro cliente para ver o advogado, as teria se negado a buscar o segundo, alegando que estaria em greve desde a manhã desta sexta-feira.

“Cheguei, me identifiquei e disse que queria conversar com dois clientes. O agente André Marcondes disse que só poderia ir buscar um deles. Depois que conversei e solicitei que o agente trouxesse o outro cliente ele disse que não faria porque estava em greve desde a manhã de hoje”, explicou o advogado.

Após a negativa de atendimento, o advogado disse que foi a até a direção do presídio para reclamar da falta de atendimento do agente. “Falei com o diretor e ele designou outro agente para ir buscar meu cliente. Quando estava na sala dos advogados, o agente Marcondes foi ao meu encontro reclamar pelo fato de eu ter ido falar com o diretor”, disse.

O advogado disse que saiu da sala dos advogados e pediu que o agente dissesse o nome e o número da matrícula para que fosse aberta uma representação contra ele. Neste momento, Mousinho disse que o agente iniciou uma série de xingamentos e, ao responder, recebeu voz de prisão. “Ele me deu voz de prisão, chutou duas vezes minha perna querendo que eu me ajoelhasse no chão. Ele chegou a sacar a arma. Eu disse que não iria acatar e os outros agentes chegaram para acalmar os ânimos”, relatou o advogado, que prestou queixa na Central de Flagrantes e disse ainda que vai entrar com um processo administrativo contra o agente.

Contrariando as declarações do advogado, o agente penitenciário André Marcondes dos Santos, se defendeu e disse ter usado sua “autoridade e uso necessário da força” porque foi desacatado pelo advogado.

Segundo Marcondes, advogado se irritou porque não queria esperar para que o segundo cliente fosse levado ao seu encontro. “Somos apenas cinco agentes para 800 presos. Naquele momento eu não poderia ir buscar o segundo cliente e pedi para que ele esperasse. Ele não queria esperar, foi na sala da direção já alterado e usou palavras de baixo calão contra mim. Nessa hora eu dei voz de prisão a ele. Ele me desrespeitou como autoridade que sou dentro do presídio”, explicou o agente, justificando que trabalha no Cyridião Durval há seis anos e nunca sofreu nenhum processo administrativo e nenhuma reclamação do seu trabalho.

André Marcondes dos Santos também compareceu à Central de Flagrantes para prestar depoimento.

O caso está sendo investigado pelo delegado de plantão, Claudemiltkson Benemarkan, que foi até o sistema prisional solicitar as imagens do circuito interno de segurança, que ajudará na investigação do caso.

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