Em fevereiro, cesta básica apresenta queda em Maceió

Todos os meses, grande parte do salário dos trabalhadores é destinado à compra da alimentação básica de suas famílias. Com o objetivo de acompanhar e informar a sociedade das variações, a cada mês, a Secretaria do planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), divulga um levantamento de dados que explicam o Índice de Preço ao Consumidor (IPC).

Dentro do estudo, também são apresentados os números relativos à cesta básica alimentar em Maceió, e a pesquisa apresentada nesta Segunda-feira (12), mostra que no mês de fevereiro, o item apresentou decréscimo de -0,51% em relação ao mês de janeiro, o que comprometeu um percentual de 34,72% do salário mínimo do alagoano.

Para que pudesse adquirir sua alimentação básica, o trabalhador precisou desembolsar a quantia de R$215,93, cerca de R$3,18 a menos que no mês anterior. O arroz (1,16%) e a banana (1,21%) representaram os maiores índices da cesta, o que pode ser explicado pelo final da safra dos dois, que foi colhida em setembro de 2011, tornando a oferta menor, encarecendo os produtos.

Apesar desses elementos terem apresentado variação alta, o gerente do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Gilvan Sinésio, explica por que isso não foi determinante no cálculo final do índice. “Mesmo que um produto apresente variação alta, ele só vai contribuir para o aumento do número final se o cálculo entre a sua quantidade e o seu preço forem relevantes. Dos R$215,93 de fevereiro, os dois produtos, somados, atingem R$25,05”, ressalta Gilvan.Já itens como a carne (0,09%), leite (0,00%), feijão (0,27%), tomate (0,00%), café (0,35%) e manteiga (0,00%) foram os responsáveis pela deflação apresentada neste mês. Surpreendentemente, o tomate fez o diferencial, puxando todo o grupo para baixo. “Assim como no exemplo do arroz e da banana, o tomate, além de apresentar quantidade relevante, sozinho, ocupa R$23,16 do valor total. Sua falta de variação pela grande oferta que teve neste mês acabou equilibrando o valor da cesta”, explica Gilvan.

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor revela o custo de vida do cidadão alagoano. Neste mês, foi constatado um leve aumento de 0,31%, em relação ao mês de janeiro. Neste ano, a variação acumulada até agora foi de 0,70%.

Apesar de ainda apresentar inflação, em relação ao mês anterior, houve uma baixa de 0,08 pontos percentuais. Os grupos responsáveis por isso são Alimentação (0,29%), Habitação (0,02%), Artigos Diversos (0,00%), vestuário (0,20%) e transportes (0,00%).

Neste cálculo, o subgrupo transportes se apresenta estável, e apesar do aumento da passagem neste mês, isso só será computado em abril. Em Habitação, Vestuário e Despesas Sociais, Gilvan Sinésio explica. “O índice pequeno no grupo Habitação ocorreu em função da deflação diagnosticada no aluguel residencial, em torno de -0,06%; em vestuário, o mercado ainda sofre influência das promoções realizadas depois do natal; e no grupo Despesas Pessoais, baixas em artigos como sabonete (-0,76%), perfume (0,13%) e creme de barbear (0,10%) são os responsáveis pelo resultado final”, relata Gilvan.

As maiores altas do IPC ficam por conta dos grupos Saúde (2,22%) e Educação (1,40%). De acordo com Gilvan Sinésio, no caso da Saúde, o aumento pode ser explicado pela contribuição previdenciária dos autônomos e empregados domésticos ao INSS, que subiu 6,51% neste mês, também por causa do aumento do salário mínimo. Já no grupo Educação, houve um aumento na condução escolar, cerca de 6,86%.

Fonte: Ascom Seplande

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