Morte de anciã revolta moradores na Pajuçara, que acusam filha

Os policiais foram acionados pelos próprios vizinhos, que receberam a equipe com a informação de que a mulher tinha sido assassinada pela filha.

Vanessa Alencar/Alagoas24horasMorte de idosa mobilizou vizinhos e policiais; sobrinha da vítima passou mal

Morte de idosa mobilizou vizinhos e policiais; sobrinha da vítima passou mal

A morte da anciã Menita Silva de Oliveira, 73 anos, deixou os moradores da Rua Alzira Aguiar, em Pajuçara, revoltados. Eles especulam que a idosa foi assassinada pela filha, Maria Aparecida de Oliveira, 30 anos, que é dependente química. Os policiais foram acionados pelos próprios vizinhos, que receberam a equipe com a informação de que a mulher tinha sido assassinada. No entanto, ainda não há provas de que a filha teria cometido o crime.

Uma vizinha, que pediu para ter a identidade preservada, disse que Maria Aparecida esteve na sua casa pedindo ajuda para socorrer sua mãe, que estava passando mal. Ao chegar à residência da solicitante, ela constatou que Dona Menita não estava bem, apresentava falta de ar e dores abdominais. A vizinha se ofereceu para levá-la ao hospital e ela se recusou.

“Foi uma verdadeira peregrinação em busca de socorro. Liguei para o Samu e fui informada que o serviço estava suspenso porque os funcionários estavam em greve. No desespero liguei para o Corpo de Bombeiros e até para a Polícia Militar e ninguém me ajudou. Tentei pedir ajuda a outras pessoas e quando retornei à casa da Dona Menita, ela já estava morta”, contou.

Os policiais da Delegacia de Homicídios informaram que ao lado do corpo da vítima estava um cartão – possivelmente o utilizado pela vítima para receber sua aposentadoria – quebrado, o que aumentou ainda mais as suspeitas sobre a filha. Os policiais não descartam a possibilidade de Menita ter sido morta por causa do dinheiro que teria sido creditado hoje em sua conta.

Maria Aparecida acabou sendo detida e encaminhada para a Central de Polícia, no Prado, onde prestará esclarecimentos sobre a morte da mãe. Sobre ela pesam as acusações de vizinhos e de uma prima, Joanete da Silva Cavalcante, 53 anos, que chegou a desmaiar no local. “Minha tia sofria muito com essa filha. Ela a espancava, torturava, chegou a vender tudo o que ela tinha para comprar drogas”, disse, ainda transtornada.

Outra vizinha comentou que recentemente Maria Aparecida tentou matar a mãe com veneno de rato. Todas essas especulações deixaram os vizinhos revoltados.

Em entrevista ao Alagoas24Horas, o auxiliar de perito Rosivaldo Araújo disse que, a princípio, a perícia não detectou nenhum hematoma que aponte morte por asfixia mecânica, nem espancamento. “Na barriga foram encontrados cortes superficiais provocados por um utensílio, que pode ser o cartão cortado, encontrado próximo ao corpo. Num bolso secreto do vestido encontramos R$ 30,25 centavos. Outro detalhe é que a vítima apresentava sangramento no nariz e boca. Ela pode não ter sido assassinada, mas pode ter sido agredida antes de morrer”, concluiu o perito.

Somente a necropsia realizada no Instituto Médico Legal (IML) deverá determinar a causa da morte e encerrar a polêmica.

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