‘O município está em falência e não há como administrar’, diz prefeito

Alagoas24horasAdvogado e irmão de Lelo Maia leram carta de renúncia à Prefeitura da Barra de São Miguel

Advogado e irmão de Lelo Maia leram carta de renúncia à Prefeitura da Barra de São Miguel

O prefeito do município de Barra de São Miguel renunciou ao cargo na manhã desta quinta-feira, 16, alegando que o município está em falência completa, com um débito que ultrapassa R$ 2,5 milhões. A declaração foi proferida pelo seu advogado, Marcelo Brabo, que acompanhado do irmão do prefeito interino leu a carta de renúncia à impresa.

George Raposo Maia Neto, conhecido como Lelo Maia, assumiu a prefeitura do município da Barra de São Miguel, distante 35 km de Maceió, após o afastamento do prefeito Reginaldo Andrade, por determinação judicial, sob a alegação de uma extensa lista de irregularidades cometidas contra o interesse e patrimônio público.

De acordo com Brabo, foi formalizado o pedido à presidência da Câmara do município, como também ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), Tribunal de Justiça e Ministério Público. “Ele (Lelo) não pode assumir por uma coisa que não fez, principalmente por uma coisa que não estava nem sabendo”, relatou.

O prefeito, que era vice de Reginaldo Andrade, afirma só ter tomado conhecimento da grandeza do débito do município, segundo Brabo, após assumir o cargo, destacando também que as nomeações feitas, no dia da posse, já foram todas exoneradas.

No documento de renúncia, o prefeito destaca que foram usadas de “maneira pouco aconselhável” valores do Fundo Nacional da Educação Básica (FUNDEB) no valor de R$ 475,5 mil, referente aos meses de janeiro a julho deste ano.

Também seria constatado um débito de R$ 718 mil com os servidores públicos, referente a salários, além de débitos com a Eletrobras, duodécimo da Câmara Municipal, com obrigações legais a exemplo do INSS dos servidores e serviços prestados.

“É desta forma que dizemos que o município não tem condições de ser gerido, para vocês verem a gravidade do problema, ele (Lelo) ao assumir encontrou alguns cheques assinados pelo antigo prefeito e seu secretário de financias em branco, em uma gaveta no gabinete o que se caracteriza crime”, destacou.

Ainda segundo ele, se faz necessária uma intervenção para que se arrume a casa. “Caso contrário não haverá um futuro digno e humano para os seus habitantes”, concluiu.

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