Brasileiros salientam qualidade do sistema financeiro da AL

Wilson Levorato, vice-presidente executivo da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN, e Geraldo Magela Siqueira, secretário executivo do Banco Central do Brasil, abriram no último sábado (17) a 46ª Assembleia Anual da Federación Latinoamericana de Bancos (Felaban), que ocorre em Lima, no Peru, até terça-feira (20). Eles concordaram com o fato de que a economia mundial desenha hoje um cenário menos favorável para a América Latina do que nos anos anteriores.

“Nos Estados Unidos, o desemprego está pior do que o esperado, mas o mercado imobiliário já começou a se recuperar, e a perspectiva é de que os problemas fiscais serão resolvidos. O futuro da Europa é mais incerto, embora estejam trabalhando para encontrar soluções, enquanto a China continuará crescendo a um ritmo menor”, disse Magela.

Mesmo assim, os dois porta-vozes do Brasil revelaram expectativas positivas quanto ao futuro da América Latina. "Nós temos demonstrado uma grande capacidade de suportar o choque da crise global", disse Levorato. Parte dessa avaliação se deve aos resultados de boas políticas econômicas para combater o déficit público e à solidez do sistema financeiro, afirmou o representante da FEBRABAN no evento.

Outro palestrante do início da assembleia, Christopher Harvey, líder global da Deloitte Touche Tohmatsu para a indústria de serviços financeiros, reforçou essa tese: "Nos últimos 20 anos, a estabilidade política da América Latina permitiu a sustentabilidade econômica da região, reduzindo os riscos de investimento". Harvey negou que a prosperidade dos países latino-americanos seja uma bolha. Os acordos comerciais, uma força de trabalho jovem e uma crescente população urbana são vantagens competitivas que poderiam resultar em níveis mais elevados de produtividade, disse ele.

Para que a região apresente as condições necessárias para o sucesso, o executivo da Deloitte salientou a importância de três elementos: continuidade das reformas trabalhistas; incentivo ao investimento estrangeiro como propulsor do crescimento e da competitividade; e a construção de cidades globalmente competitivas.

Fonte: Ascom/Febraban

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos