Startup ‘turbinada’ pela Campus Party ajuda a planejar 30 mil casamentos

Divulgação/Emotion.meBruna Bittencourt e Alexandre Ferreira, os fundadores da Emotion.me, uma plataforma de serviços para casamento

Bruna Bittencourt e Alexandre Ferreira, os fundadores da Emotion.me, uma plataforma de serviços para casamento

Da criação dos convites à lista de presentes de casamento. Após ganhar um reality show de empreendedorismo na Campus Party, a startup brasileira Emotion.me passou há dois anos a atuar como plataforma “faz-tudo” para casais que subirão ao altar. A estratégia de salvar noivos à beira de ataques de nervos funcionou, a ponto de o site ser usado em 30 mil matrimônios. Nas contas da empresa, representa 3% das uniões no Brasil em 2014.

A startup é símbolo da guinada rumo à criação de negócios tecnológicos feita pelo evento que nasceu em torno da cultura nerd. Neste ano, a Campus Party acontece entre 3 e 8 de fevereiro, em São Paulo. “O ambiente é muito propício para isso”, diz Bruna Bittencourt, uma das fundadoras da Emotion.me. “Eu via pessoas com ideias iniciais, indo para lá fazer ‘networking’."

Em 2012, à frente da Quero.com, uma ferramenta para casais elaborarem listas de presente de casamento, ela entrou no reality show "Like a Boss", promovido pelo Sebrae para selecionar a startup mais promissora durante a Campus.

#brunadigasim

O negócio nasceu depois do casamento de Bruna e Alexandre Ferreira, o outro fundador, com o objetivo de resolver uma das etapas cruciais dos preparativos: os presentes. O casal geek virou notícia quando Alexandre pediu a moça em casamento pelo Twitter, em 2010.

A hashtag #brunadigasim virou uma das mais faladas na época. Após certo sufoco, se casaram e foram para a lua de mel. Na volta, o desconforto persistia. Abandonaram as startups em que trabalhavam e abriram a Quero.com. O serviço, porém, não era suficiente para impedir que noivas se arrependessem do “sim”.

“A gente já estava com a ideia de que isso não resolvia a dor do usuário”, comenta Bruna. E acrescenta: “Depois que saímos da Campus, ganhamos visibilidade e passamos a conversar com pessoas interessantes. Fomos pegando algumas respostas positivas, as pessoas foram ‘assinando embaixo’".

#sim

O presidente-executivo do Mercado Livre, Edson Lemos, foi uma dessas pessoas. Um dos prêmios da competição do Sebrae era um jantar com o executivo. Por algumas dessas coincidências que só ocorrem em histórias amor, o jantar demorou um ano para acontecer.

Foi, porém, amor à primeira vista quando os pratos foram servidos: Lemos se tornou um dos investidores do Emotion.me e ocupa uma cadeira no Conselho Diretor da startup.

Com a mudança já em curso, a empresa passou a atuar como “wedding planner”, profissional popular nos Estados Unidos, onde recebem de US$ 7 mil a US$ 10 mil por casamento, mas que ainda é pouco procurado no Brasil. O preço não ajuda: cobram R$ 30 mil para organizar da letra a ser impressa nos convites, passando pelas escolhas do canapé servido na recepção, até o destino na lua de mel.

O ano passado foi o primeiro em que a plataforma funcionou a pleno vapor. Chegou a 120 mil usuários, que se cadastram com antecedência média de 12 meses antes da data do matrimônio. Para 2015, a meta é dobrar de tamanho.

Outro lado da moeda

Apesar de histórias como essa serem o sonho de empreendedores que abrem um negócio, são exceção no mundo das startups. Empresas que disputaram o reality show com a Emotion.me em 2012 não vingaram.
Youcast, para envio de notícias pelo celular, e Tableshare, uma rede social para aficionados em comida, ficaram pelo caminho. Outra empresa criada na Campus, o Migre.me, um encurtador de URLs que chegou a ser o 12º site mais visto no Twitter, virou um hobbie para o seu criador.

Para ajudar a voar os empreendedores que já deram asas às suas ideias de inovação, a Campus possui um palco dedicado ao empreendedorismo. Em outros palcos, o tema será abordado mas atrelado a mídias, sociais, criatividade e games.

Haverá ainda o programa Startup & Makers Camp, uma área para empresas iniciantes exporem seus projetos. Já durante a Maratona de Negócio, pessoas com uma ideia na cabeça e nenhuma empresa no papel receberão orientações de técnicos do Sebrae, de empresários que já criaram startups e de representantes das grandes aceleradoras do país.

Fonte: G1

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